De causa emocional, sintomas podem agravar quadros de saúde
A pessoa sente uma dor específica ou um mal-estar e, ao ir ao médico e fazer os exames solicitados, descobre que o problema tem origem emocional. São as doenças psicossomáticas, que apresentam sintomas físicos, sem que nenhum exame laboratorial ou de imagem revele características físicas que possam ser a causa da aflição.
A origem das doenças psicossomáticas é sempre emocional, “mas a manifestação é no corpo, ou seja, um sintoma que não pode ser explicado por causa orgânica ou exame, mas que é real e traz prejuízo para o indivíduo. É bastante comum em pessoas ansiosas que tendem a colocar no corpo seus sofrimentos psíquicos e em pessoas mais concretas, que não conseguem entrar em contato com seu lado afetivo e emocional”, explica a psiquiatra na Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Danielle H. Admoni, especialista pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
A relação entre doenças físicas e emocionais é bastante comum, mas, com a pandemia, a tendência se agravou. Uma pesquisa feita em maio pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) mostrou que cerca de 89% dos 400 psiquiatras destacaram o agravamento de quadros de saúde mental em seus pacientes devido à pandemia do novo coronavírus.
A psiquiatra destacou que, durante a pandemia, várias doenças psicossomáticas tiveram incidência maior, principalmente as que parecem com os sintomas da covid-19. “Se agravaram os sintomas que podem parecer com quadro de covid-19, ou seja, as pessoas têm muito medo de adquirir a doença, ficam ansiosas e preocupadas e passam a ter sintomas parecidos com os da doença que temem, piorando ainda mais o quadro ansioso”, relatou.
Segundo informa a médica, os principais sintomas psicossomáticos são:
Para lidar com a psicossomatização, a terapia é o caminho, explica a psiquitra. “A psicoterapia é sempre uma boa aliada nesses casos, mas é difícil saber antes de aparecer os sintomas, ou seja, tratando quadros ansiosos, a chance destes evoluírem para um quadro de somatização é menor.”
A psiquiatra elenca as doenças psicossomáticas mais comuns. “É muito frequente o achado de dores às vezes inespecíficas e generalizadas, ou sintomas que podem fazer parte de qualquer doença como cansaço, alterações gastrointestinais (diarreia ou constipação), prurido (coceiras), tremores das extremidades, manchas na pele e falta de ar. Só que esses sintomas não podem ser explicados por nenhuma etiologia orgânica, já que nos exames de confirmação diagnóstica, não aparece nenhuma doença que cause esses sinais”.
Doenças mais graves, como o câncer, não surgem pela psicossomatização, afirma a psiquiatra. “Hoje se sabe que as neoplasias têm etiologias em sua maioria bem definidas, mas o que se pode afirmar é que pessoas muito preocupadas e ansiosas (com perfil para doenças psicossomáticas) podem sim ter uma evolução pior em relação a algumas doenças pelo próprio aumento do cortisol (hormônio do estresse que leva a uma diminuição da imunidade) e pela maneira negativa e pessimista de ver as situações, muitas vezes agravando os sintomas da doença ou do tratamento”, conclui.
Agência Brasil
Documento descreve vacinas adquiridas e grupos prioritários
O governo federal entregou neste sábado (12), ao Supremo Tribunal Federal (STF), o plano nacional de imunização contra a covid-19. O documento foi entregue pelo advogado-geral da União, José Levi, ao ministro Ricardo Lewandovski, relator das ações que tratam da obrigatoriedade da vacina e outras medidas de combate à pandemia.
Batizado de Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19, o documento foi elaborado pelo Ministério da Saúde, possui 93 páginas e está dividido em dez eixos, que incluem descrições sobre a população-alvo para a vacinação, as vacinas já adquiridas pelo governo e as que estão em processo de pesquisa, a operacionalização da imunização, o esquema logístico de distribuição das vacinas pelo país e as estratégias de comunicação para uma campanha nacional. O documento não indica data para início da vacinação.
Vacinas
Segundo o plano, o governo federal já garantiu 300 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 por meio de três acordos:
– Fiocruz/AstraZeneca – 100,4 milhões de doses até julho/2020 + 30 milhões de doses/mês no segundo semestre;
– Covax Facility – 42,5 milhões de doses;
– Pfizer – 70 milhões de doses (em negociação);
Até agora, nenhum imunizante está registrado e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), etapa prévia obrigatória para que a vacinação possa ser realizada.
“De acordo com o panorama da OMS [Organização Mundial da Saúde], atualizado em 10 de dezembro de 2020, existem 52 vacinas covid-19 candidatas em fase de pesquisa clínica e 162 candidatas em fase pré-clínica de pesquisa. Das vacinas candidatas em estudos clínicos, há 13 em ensaios clínicos fase 3 para avaliação de eficácia e segurança, a última etapa antes da aprovação pelas agências reguladoras e posterior imunização da população. No Brasil, o registro e licenciamento de vacinas é atribuição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pautados na Lei nº 6.360/1976 e regulamentos técnicos como a RDC nº 55/2010”, diz um trecho do plano.
Grupos prioritários
O Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19, apresentado pelo governo, prevê quatro grupos prioritários que somam 50 milhões de pessoas, o que vai demandar 108,3 milhões de doses de vacina, já incluindo 5% de perdas, uma vez que cada pessoa deve tomar duas doses em um intervalo de 14 dias entre a primeira e a segunda injeção.
O primeiro grupo prioritário, a ser vacinado na fase 1, é formado por trabalhadores da saúde (5,88 milhões), pessoas de 80 anos ou mais (4,26 milhões), pessoas de 75 a 79 anos (3,48 milhões) e indígenas com idade acima de 18 anos (410 mil). A fase 2 é formada por pessoas de 70 a 74 anos (5,17 milhões), pessoas de 65 a 69 anos (7,08 milhões), pessoas de 60 a 64 anos (9,09 milhões).
Na fase 3, a previsão é vacinar cerca de 12,66 milhões de pessoas acima dos 18 anos que tenham as seguintes comorbidades: hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave (IMC maior ou igual a 40).
Na fase 4, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior (2,34 milhões), forças de segurança e salvamento (850 mil) e funcionários do sistema prisional (144 mil). O Ministério da Saúde pondera, no documento, que os grupos previstos ainda são preliminares e poderão ser alterados.
“Vale ressaltar que os grupos previstos são preliminares, passíveis de alteração a depender das indicações da vacina após aprovação da Anvisa, assim como as possíveis contraindicações. Destaca-se ainda que há outros grupos populacionais considerados prioritários, a serem incluídos dentre as fases apresentadas, discutidos no âmbito da câmara técnica, a exemplo das populações ribeirinhas e quilombolas, cuja estimativa populacional está em atualização pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para avaliação de qual fase esses grupos estarão inseridos, de acordo com o cenário de disponibilidade de vacinas e estratégia de vacinação”, diz o plano.
Também de acordo com o plano, o registro da dose da vacina aplicada será feito de forma nominal e individualizada, diretamente no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) em todos os pontos de vacinação da rede pública e privada de saúde. O ministério trabalha com a implantação de um sistema informatizado para monitorar e controlar os dados de vacinação.
“Uma solução tecnológica está em desenvolvimento, por meio do Datasus, com o objetivo de simplificar a entrada de dados e agilizar o tempo médio de realização do registro do vacinado no SI-PNI, além de considerar aspectos de interoperabilidade com outros Sistemas de Informação e integração com a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS). Um recurso que será colocado à disposição é o QR-Code para identificar o cidadão a ser vacinado. Este deverá ser gerado pelo próprio cidadão no Aplicativo Conecte SUS”.
Logística
Para operacionalizar a campanha nacional de vacinação, o plano do governo prevê capacitação dos profissionais de saúde do SUS e também um esquema de recebimento, armazenamento, expedição e distribuição dos insumos, que são o próprio imunizante, além das seringas e agulhas.
O principal complexo logístico será a partir do aeroporto internacional de Guarulhos (SP), na sede da empresa VTC Logística, que tem contrato com o Ministério da Saúde. O galpão da empresa possui 36 mil metros quadrados nas imediações do aeroporto e conta com ambientes climatizados, como docas e câmaras frias. Há também estruturas menores em Brasília, Rio de Janeiro e Recife.
Também está prevista a entrega da carga embalada por modal rodoviário para estados como Santa Catarina, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e outros que fiquem em até 1.400 quilômetros de raio dos centros de distribuição.
O governo também informa já ter acordos firmados com companhias aéreas, como Latam e Azul, além de outras empresas de carga aérea, para o transporte até as capitais da região Norte do país. Pelo plano, a frota será rastreada 100% por satélite e a segurança do transporte, em determinadas situações durante o deslocamento, ocorrerá por conta da União.
Orçamento
Ainda de acordo com o plano, o governo federal já disponibilizou R$ 1,9 bilhão de encomenda tecnológica associada à aquisição de 100,4 milhões de doses de vacina pela AstraZeneca/Fiocruz e R$ 2,5 bilhões para adesão ao Consórcio Covax Facitity, associado à aquisição de 42 milhões de doses de vacinas.
Além disso, outros R$ 177,6 milhões para custeio e investimento na Rede de Frio, na modernização dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIEs), no fortalecimento e ampliação da vigilância de síndromes respiratórias. Também, segundo a pasta, outros R$ 62 milhões foram investidos para aquisição de mais 300 milhões de seringas e agulhas.
Ao todo, 12.290 beneficiários ficam protegidos com a medida
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) divulgou a lista de planos de saúde que terão a venda temporariamente suspensa, a partir desta sexta-feira (11), devido a reclamações relacionadas a cobertura assistencial. Nesse ciclo, a ANS determinou a suspensão de 12 planos de três operadoras por conta de reclamações efetuadas no terceiro trimestre.
Ao todo, segundo a ANS, 12.290 beneficiários ficam protegidos com a medida, já que esses planos só poderão voltar a ser comercializados para novos clientes se as operadoras apresentarem melhora no resultado.
A medida faz parte do Monitoramento da Garantia de Atendimento, que acompanha regularmente o desempenho do setor para proteção dos consumidores.
Além das suspensões, a ANS também divulgou a lista de planos que poderão voltar a ser comercializados. Nesse ciclo, três planos de duas operadoras tiveram a venda liberada pelo monitoramento.
Segundo a agência, as reclamações recebidas consideradas no monitoramento se referem ao descumprimento dos prazos máximos para realização de consultas, exames e cirurgias ou negativa de cobertura assistencial. A partir dessas informações, as operadoras são classificadas em faixas, possibilitando uma análise comparativa entre elas e acarretando a suspensão da comercialização dos planos mais reclamados.
Quando uma operadora tem um produto com comercialização suspensa em decorrência do monitoramento, ela não pode registrar nenhum novo plano que seja análogo aos que estiverem na lista de suspensão e nem receber novos beneficiários nos planos de saúde com comercialização suspensa por esse motivo (com exceção de novo cônjuge ou filho e de ex-empregados demitidos ou aposentados).
Foram registradas mais três mortes em território alagoano
O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), desta quinta-feira (10/12), confirma mais 314 novos casos de Covid-19 em Alagoas. Dessa forma, o estado tem um total de 97.562 casos confirmados do novo coronavírus até o momento, dos quais 1.812 estão em isolamento domiciliar. Outros 93.188 pacientes já finalizaram o período de isolamento, não apresentam mais sintomas e, portanto, estão recuperados da doença. Há 5.458 casos em investigação laboratorial. Foram registradas mais três mortes em território alagoano. Com isso, Alagoas tem 2.366 óbitos por Covid-19.
Os casos confirmados de pessoas com a Covid-19 estão distribuídos nos 102 municípios alagoanos. Em relação ao quadro total de óbitos em Alagoas, estão confirmados 2.366 óbitos por Covid-19, mas, oito deles, eram de pessoas residentes em Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Bahia, tendo como vítimas seis homens e duas mulheres. Dos 2.358 óbitos de pessoas residentes em Alagoas, 1.330 eram do sexo masculino e 1.028 do sexo feminino. Eram 1.039 pessoas que residiam em Maceió e as outras 1.319 moravam no interior do Estado, segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), da Sesau.
Para ter acesso ao boletim epidemiológico, baste clicar neste link e baixar os dados da Covid-19.
Óbitos – No boletim desta quinta-feira (10/12), mais três mortes foram confirmadas, laboratorialmente, por causa do novo coronavírus, sendo uma vítima da capital alagoana e duas do interior do Estado. A de Maceió era um homem de 70 anos, cardíaco crônico, que faleceu no Hospital Universitário (HU).
Já as vítimas que residiam no interior do Estado eram um homem e uma mulher. O homem de 84 anos, residente em Olho d’Água das Flores, era cardíaco, tinha doença de Chagas e morreu na Santa Casa de Maceió; já a mulher de 82 anos, de Craíbas, não tinha comorbidades e morreu no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.
Leitos de Covid-19 do Estado – Dos 546 leitos criados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para atender, exclusivamente, pacientes com suspeita e confirmação de infecção pelo novo coronavírus, 202 estavam ocupados até às 17h da quarta-feira (09/12), o que corresponde a 37% do total. Atualmente, 80 pacientes estão em leitos de UTI, 03 ocupando leitos intermediários e 119 em leitos de enfermaria. Para acompanhar a evolução da ocupação dos leitos exclusivos para Covid-19, acesse http://www.alagoascontraocoronavirus.com.br/
Ascom Sesau
Texto tem sido disseminado em grupos de WhatsApp e fala sobre complicações da pandemia
Um texto repleto de reticências tem sido disseminado nos grupos de WhatsApp desde a noite da última terça-feira (8) com diversas informações sobre os avanços da Covid-19. Apesar de não ter assinatura, em grupos alagoanos a mensagem está sendo atribuída ao secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres. No entanto, o titular da Saúde Alagoas não concedeu qualquer declaração sobre o tema abordado no material apócrifo.
A mensagem intitulada como “Chegamos ao Pico” faz uma alusão a um suposto ápice no número de infecções pela doença em Alagoas. “Nunca concedi uma entrevista ou falei sobre este assunto dessa forma. Todo o conteúdo que levamos ao conhecimento da população tem, prioritariamente, base na ciência e nas decisões que o Governo de Alagoas toma no contínuo enfrentamento à pandemia da Covid-19. Portanto, a mensagem que vem sendo distribuída é falsa”, destacou o secretário Alexandre Ayres.
Alagoas Sem Fake – Com foco no combate à desinformação, a editoria Alagoas Sem Fake verifica, todos os dias, mensagens e conteúdos compartilhados, principalmente em redes sociais, sobre assuntos relacionados ao novo coronavírus em Alagoas. O cidadão poderá enviar mensagens, vídeos ou áudios a serem checados por meio do WhatsApp, no número: (82) 98161-5890.
Agência Alagoas
Boletim Epidemiológico aponta que atendimentos aumentaram no mês de novembro em comparação com outubro
Após a explosão de casos de Covid-19 em Alagoas nos meses de maio, junho e julho, a taxa de transmissão da doença sofreu uma drástica queda nos últimos três meses, conforme o Boletim Epidemiológico Estadual. Entretanto, o número de atendimentos registrados no mês de novembro nas Centrais de Triagem de Maceió e Arapiraca, revelou um aumento de alagoanos com sintomas gripais, o que evidencia, conforme a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), a necessidade de serem intensificadas as medidas de prevenção, como o uso de máscara, álcool em gel e o distanciamento social.
Isso porque, enquanto em outubro passado foram atendidas 3.881 pessoas nas duas Centrais de Triagem para Covid-19, situadas em Maceió e Arapiraca, no mês de novembro o número saltou para 5.466, revelando um aumento de 1.585 usuários assistidos. Com relação aos pacientes testados positivos para o novo coronavírus, foram 278 no décimo mês deste ano, contra 418 do décimo primeiro mês, representando que, em relação ao mês anterior, houve um acréscimo de mais 140 alagoanos diagnosticados com a doença.
O aumento do número de infectados ainda é pequeno em relação aos meses de maio, junho e julho, mas evidencia uma inversão na taxa de contaminação da Covid-19 em Alagoas, que esteve em declínio em agosto, setembro e outubro e começou a sofrer uma reversão em novembro. Realidade comprovada também pelos 2.648 casos do novo coronavírus registrados em Alagoas na primeira semana de dezembro, que aponta para um aumento de 2.030 novas notificações no comparativo com o mesmo período de novembro, quando foram registrados 618 infectados.
“Verificamos um leve aumento no número de casos confirmados da Covid-19 nos últimos dias e isso acende o sinal de alerta para a população intensificar as medidas de prevenção. Parece redundante, mas o uso de máscara é obrigatório em locais públicos, o álcool em gel deve ser utilizado para higienizar as mãos quando não for possível lavá-las com água e sabão e devem ser evitadas as aglomerações, por meio do distanciamento social. Só assim iremos nos resguardar até a chegada da vacina e evitar o aumento da ocupação de leitos exclusivos Covid-19”, ressaltou o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
Ocupação de Leitos – E o apelo do gestor da saúde estadual faz sentido, pois o Boletim de Ocupação de Leitos da Sesau aponta que 49% das vagas de UTI já estão ocupadas, sendo 49% em Maceió e 48% no interior do Estado. Para se ter ideia do avanço da doença, com 56% dos leitos de UTI localizados no Hospital da Mulher (HM) já estão preenchidos.
No caso do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), 60% da UTI está ocupada; no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), a ocupação chega a 70% e o Hospital Regional de Arapiraca está com 50% dos leitos de UTI preenchidos. Na Santa Casa de São Miguel dos Campos, a UTI está totalmente ocupada e no Hospital Regional Santa Rita, em Palmeira dos índios, o índice chega a 83%. E a UTI Intermediária do Hospital Geral do Estado (HGE) apresenta 60% de ocupação
Serviço está presente em 37 municípios e garante atendimento a todos os alagoanos
Qualquer um dos 3.351.543 alagoanos que precisarem de um socorro de urgência pode contar com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Alagoas. Esteja no Alto Sertão ou no Litoral Norte, passando pelo Agreste, Baixo São Francisco e Zona da Mata do Estado, caso haja necessidade de atendimento pré-hospitalar móvel, basta ligar para o número 192, que uma equipe de plantão estará disponível para realizar o atendimento e salvar vidas.
Somente sete estados e o Distrito Federal possuem 100% de cobertura territorial do Samu. No Nordeste, além de Alagoas, Sergipe e Paraíba são contemplados totalmente pelo serviço. Nas demais regiões do Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS), o Samu está presente em toda faixa territorial dos estados do Acre e Roraima (Norte), Goiás e Distrito Federal (Centro Oeste) e Santa Catarina (Sul).
Para prestar uma assistência de qualidade ao povo alagoano e aos turistas que visitam o Estado, as Centrais de Regulação do Samu Alagoas, localizadas em Maceió e Arapiraca, possuem uma estrutura composta por 59 ambulâncias. Elas estão divididas entre Unidades de Suporte Básico (USB) e Unidades de Suporte Avançado (USA), nove motolâncias e um helicóptero para o Serviço Aeromédico.
Bases Descentralizadas – Segundo Josileide Costa, supervisora geral do Samu Alagoas, toda essa estrutura está distribuída em 37 cidades, sendo duas Centrais e 35 Bases Descentralizadas, localizadas a cada 30 km, o que assegura uma cobertura de 100 do território alagoano. “O Samu Alagoas está completando 17 anos em dezembro e construiu uma proximidade com a sociedade. E com a distribuição estratégica das Bases Descentralizadas, que garantem a cobertura de 100% do território alagoano, potencializamos a qualidade do atendimento pré-hospitalar”, destacou.
A Central Maceió do Samu Alagoas é responsável por coordenar 16 Bases Descentralizadas, localizadas em União dos Palmares, Viçosa, São Miguel dos Campos, Porto Calvo, Coruripe, Joaquim Gomes, São Luiz do Quitunde, Maragogi, Teotônio Vilela, Rio Largo, Murici, Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio, Colônia Leopoldina, São Miguel dos Milagres e Atalaia.
As outras 19 Bases Descentralizadas estão ligadas à Central de Regulação de Arapiraca e ficam localizadas nas cidades de Penedo, Ouro Branco, Delmiro Gouveia, Pão de Açúcar, Santana do Ipanema, Palmeira dos Índios, Cacimbinhas, Maribondo, Porto Real do Colégio, Campo Alegre, Mata Grande, Girau do Ponciano, São Sebastião, São José da Tapera, Inhapi, Piranhas, Olho D´Água do Casado, Batalha e Traipu.
Atendimentos – As equipes do Samu Alagoas são compostas por enfermeiros, condutores socorristas, médicos e técnicos de enfermagem. Todos estão preparados para atender casos de urgência, como vítimas de acidentes de trânsito, quedas da própria altura, ferimentos por arma branca e por arma de fogo, quedas de altura, afogamentos, queimaduras, casos obstétricos, atendimento psiquiátrico, casos clínicos como suspeitas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e suspeitas de Infarto Agudo do Miocárdio (IAM).
Outra ocorrência muito comum atendida pelo Samu são as transferências inter-hospitalares, fazendo o deslocamento de pacientes para hospitais de maior porte. Um dos pacientes que precisou desse atendimento foi o recém-nascido Ravy Azevedo, que foi transferido de Maceió até Recife (PE), com o intuito de corrigir uma cardiopatia congênita.
O transporte foi realizado pelo Serviço Aeromédico no início do mês de agosto, quando o bebê tinha apenas dois meses e quatro dias de vida. A mãe de Ravy, Alice Lins Azevedo, 24 anos, conta que o menino nasceu na Santa Casa de Penedo e, até ser transferido para o Real Hospital Português, no Estado vizinho, a criança ficou internada na unidade hospitalar penedense.
“Sou de Igreja Nova e fomos até Penedo para o Ravy nascer, mas, após o parto, os médicos perceberam esse problema no coraçãozinho dele. Quando me falaram que ele precisaria fazer uma cirurgia, fiquei desesperada, sem saber o que fazer. Mas, a equipe da Santa Casa conseguiu uma vaga para o meu menino em Recife e acionou o Samu para ser feito o transporte”, recordou, agradecida.
“No momento que soube que o Ravy iria para Recife de helicóptero com os socorristas do Samu, fiquei muito alegre, mas preocupada por não poder ir com ele. Entretanto, sabia que eles iriam cuidar bem do meu filho e iriam ajudar a salvar a vida dele. Só tenho a agradecer a todos que fizeram parte desse momento, tanto os profissionais do Aeromédico, como os socorristas da Base Descentralizada do Samu em Penedo, que também fizeram parte do atendimento”, disse a agricultora, ao informar que a cirurgia foi um sucesso e o pequeno encontra-se em recuperação.
Serviço Consolidado – Para Marcos Ramalho, secretário executivo de ações de Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o serviço prestado pelo Samu é uma política pública de saúde já consolidada em todo o território nacional. “Não conseguimos imaginar o Brasil e a saúde pública sem a presença do Samu. Em Alagoas, com investimentos próprios do governo do Estado, como a aquisição de novos veículos, foi possível renovar a frota de ambulâncias, que ainda conta com veículos reserva. O Samu Alagoas faz a cobertura de 100% do estado, garantindo, assim, um atendimento mais próximo à população, para que os alagoanos sejam atendidos, no menor tempo possível, salvando vidas e evitando graves sequelas”, destacou.
A prova é realizada em 13 capitais
Neste domingo (6), 15.498 médicos formados fora do Brasil realizam a primeira etapa do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida) 2020.
O Revalida tem o objetivo de aferir a aquisição de conhecimentos, habilidades e competências requeridos para o exercício profissional, adequados aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no país. A revalidação do diploma é responsabilidade das universidades públicas que aderirem ao Revalida.
As provas são aplicadas em 13 capitais: Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).
A divulgação do gabarito da primeira fase do Revalida 2020 sairá no dia 8 de dezembro.
Segunda etapa
Somente os aprovados na primeira etapa poderão participar da segunda etapa. Uma novidade desta edição é que se o médico formado no exterior for reprovado na segunda etapa, poderá se reinscrever diretamente nessa fase, nas duas edições consecutivas. Em edições anteriores, era necessário fazer todo o processo desde o início. Cronograma, diretrizes e procedimentos da segunda etapa serão publicados posteriormente, em edital próprio.
Conass e Conaems defendem que coordenação deve ser nacional
As entidades nacionais dos secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de saúde divulgaram nota hoje (5) defendendo a coordenação nacional das estratégias de vacinação contra a covid-19, sob a responsabilidade do Ministério da Saúde. As associações apontaram que o órgão deve liderar as análises de possíveis vacinas, a aquisição de insumos, a definição das estratégias e a aquisição das doses.
“A falta da coordenação nacional, a eventual adoção de diferentes cronogramas e grupos prioritários para a vacinação nos diversos estados são preocupantes, pois gerariam iniquidade entre os cidadãos das unidades da federação, além de dificultar as ações nacionais de comunicação e a organização da farmacovigilância, que será fundamental com uma nova vacina”, alertam as entidades.
Os conselhos de secretários estaduais e municipais defendem no comunicado que o Programa Nacional de Imunização incorpore “todas as vacinas contra a covid-19, com reconhecidas eficácia e segurança, especialmente as que já estão sendo testadas no Brasil, considerada, ainda, a necessidade de se alcançar a imunização de toda a população brasileira, com a máxima brevidade”.
O cenário dos esforços de obtenção de uma vacina é formado por iniciativas tanto no plano federal quanto por governo estaduais. Nesta semana o Ministério da Saúde apresentou algumas diretrizes do plano de imunização contra a doença, que será realizado em quatro fases e tem previsão de iniciar a vacinação no primeiro trimestre de 2021. Foram anunciados também os públicos prioritários para cada uma delas.
O governo federal já firmou parcerias com o consórcio Oxford/Astrazeneca para a aquisição de encomenda tecnológica e integra o grupo de países e empresas envolvidos no desenvolvimento de vacinas Covax Facility. Além disso, já se reuniu com outras farmacêuticas, como Pfizer e a Janssen (subsidiária da Johnson & Johnson). A Anvisa divulgou nesta semana as regras para as autorizações emergenciais de vacinas em caráter experimental.
Já o governo de São Paulo anunciou que pretende começar a vacinar parte da sua população ainda em janeiro. A administração estadual firmou parceria por meio do Instituto Butantan com a farmacêutica chinesa Sinovac e está na fase final de testes da vacina Coronavac.
Os governos do Paraná e da Bahia anunciaram acordo com o governo Russo, que desenvolve uma vacina própria, batizada de Sputinik V. Ainda não houve conclusão dos testes e não há previsão ainda de início de vacinação.
Ministério da Saúde
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “acompanha 200 estudos de imunizantes para covid-19” e que a aquisição “será feita à medida em que os ensaios clínicos apontarem a eficácia e a segurança das doses, após aprovação por parte da Anvisa”. O comunicado coloca que já foram garantidas 142,9 milhões de doses de vacinas contra a covid-19 pelos acordos Fiocruz/AstraZeneca (100,4 milhões) e Covax Facility (42,5 milhões). “O Ministério da Saúde também apresentou o plano preliminar para vacinação da covid-19, prevista para ter início no primeiro semestre 2021. Destaca-se que a população-alvo poderá ser ampliada de forma escalonada conforme disponibilidade de vacinas no País”, completa a nota.
Segundo o ministério, já se recuperaram da doença 5.744.369 pessoas
Os casos de pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia chegaram a 6.533.968. Nas últimas 24 horas, foram registrados 46.884 novos diagnósticos positivos de covid-19. Ontem, o painel do ministério trazia 6.487.084 casos acumulados. Ainda conforme a atualização do órgão, há 613.635 pacientes em acompanhamento. Outras 5.744.369 pessoas já se recuperaram da doença.
O total de mortes provocadas pela pandemia somou 175.964. Entre ontem e hoje, as autoridades de saúde notificaram 694 novas mortes. Ontem, o sistema de estatísticas sobre a covid-19 do Ministério marcava 175.270 óbitos. Ainda há 2.184 falecimentos em investigação.
Os dados estão na atualização diária do Ministério da Saúde, divulgada no início da noite desta sexta-feira (4). Os totais são resultado da consolidação de informações enviadas pelas secretarias estaduais de saúde.
Estados
A lista dos estados com mais mortes pela covid-19 é encabeçada por São Paulo (42.788), Rio de Janeiro (23.017), Minas Gerais (10.227), Ceará (9.683) e Pernambuco (9.119). As Unidades da Federação com menos óbitos pela doença são Acre (731), Roraima (740), Amapá (823), Tocantins (1.175) e Rondônia (1.589).
Secretário Alexandre Ayres justifica a necessidade da medida governamental
Embasado no Decreto Estadual Nº 71.467/20, de 29 de setembro deste ano, e reiterando os cuidados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) no enfrentamento à pandemia da Covid-19, o secretário Alexandre Ayres anunciou, no início da tarde desta quinta-feira (3), que os tradicionais Réveillons previstos para ser realizados em Maceió e nos municípios do interior estão proibidos.
O titular da Saúde Alagoas reforçou a necessidade de esses eventos respeitarem o limite máximo de 300 pessoas, além de ser realizados em local aberto, com respeito às normas sanitárias e distanciamento social.
“Nós temos um Decreto Estadual que continua em vigência e que determina um limite máximo de participação nestas festas de até 300 pessoas por evento. Então, o que está sendo feito é simplesmente exigir o cumprimento do decreto como questão objetiva. Não há possibilidade da realização de eventos em Alagoas, neste final de ano, com capacidade de público, acima de 300 pessoas. Consequentemente, todas as festas prévias de Réveillon e festas de final de ano, que costumeiramente ocorrem em Maceió, estão suspensas. Infelizmente, estamos em um momento de pandemia e as festas não poderão ocorrer”, anunciou o secretário.
A tomada de decisão, segundo Alexandre Ayres, é mais uma soma de esforços do Governo de Alagoas no combate à Covid-19, no entanto não se pode esquecer que o Estado tem se esforçado, diariamente, para que a retomada econômica e turística esteja em paralelo às ações de saúde. Como o diálogo e a transparência são premissas seguidas pelo Governo, o secretário Alexandre Ayres destacou que a definição para suspender os eventos de final de ano não foi unilateral.
“Antes de estar aqui anunciando para sociedade, conversamos com os grandes produtores de eventos em Alagoas, e de forma pública quero parabenizá-los pela sensibilidade em acatar, unanimamente, a suspensão dos eventos. Os próprios investidores deste segmento me falaram que não compensa economicamente fazer uma festa com grandes artistas nacionais para um público tão pequeno”, ressaltou o titular da Sesau.
Quanto à fiscalização, Alexandre Ayres garantiu que, em caso de desrespeito ao Decreto Estadual, as reprimendas da lei serão aplicadas pela autoridade sanitária estadual, além da força policial num planejamento junto à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).
Casos de Covid-19 – “Se você trafega pela orla de Maceió ou passa por outros bairros da capital, você percebe imediatamente que poucas pessoas estão precavidas, usando suas máscaras. A mesma situação se repete em muitos municípios. Claro que os casos da Covid-19 crescerão por conta desse descuido das pessoas. É importante lembrar que o Governo de Alagoas tem feito a sua parte, mas necessita de um esforço conjunto dos segmentos econômicos e da população para evitar regressões de fases ou novos fechamentos. Digo, seguramente, que não há possibilidade deste retrocesso como vem ocorrendo em outros estados”, considera o secretário.
Em linhas gerais, o secretário reforçou que enquanto autoridade sanitária pensa na proteção dos alagoanos, a fim de evitar que haja uma infecção descontrolada das pessoas. “Eu preciso pensar que Alagoas pode receber milhares de pessoas de outros estados, assim como de outros países nesta reta final de ano. Os turistas passarão seus dias por aqui, irão curtirão seus eventos de Réveillon, iriam embora de nosso estado, mas o vírus fica aqui. Ou seja, precisamos proteger quem mora em Maceió e quem reside nos municípios do interior. Por isso a nossa decisão de suspender os eventos. Lembrando que 95% dependem do Sistema Único de Saúde [SUS], podem ser contaminadas e necessitam de tratamento e o Estado tem a missão de salvar vidas”, finalizou Alexandre Ayres.
Alagoas diagnosticou 3.858 pessoas portadoras da doença neste período
Ainda sem cura, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida já levou a óbito 1.414 alagoanos nos últimos dez anos, quando foram diagnosticadas 3.858 pessoas com a doença. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) nesta terça-feira (1º), Dia Mundial de Luta contra a Aids, quando o Ministério da Saúde (MS) lançou a Campanha “Faça o teste: Se der positivo, inicie o tratamento”, em alusão do Dezembro Vermelho.
A ação visa estimular a testagem rápida em moradores dos 102 municípios alagoanos, que possuem técnicos treinados visando realizar o teste rápido para diagnostico da Aids, resultante da contaminação pelo vírus HIV. Por meio da testagem rápida, o diagnóstico precoce e o início do tratamento em tempo oportuno, diminuem as chances da evolução da doença e, consequentemente, de o portador do vírus evoluir para óbito, conforme apontam estudos realizados por infectologistas.
“O Brasil possui um Programa de Aids que é referência mundial e, com os medicamentos que são eficientes e levam os portadores a terem uma vida normal, muitas pessoas negligenciam quanto à prevenção. Entretanto, como a doença não tem cura, prevenir ainda é o melhor remédio”, salienta Sheila dos Anjos, coordenadora do Programa Estadual de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
Isso porque, mesmo com todas as campanhas de conscientização e a distribuição de preservativos masculinos e femininos por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a prática do sexo desprotegido ainda tem ocorrido com frequência. “Realidade que coloca em risco à vida de muitas pessoas, uma vez que os portadores da Aids, em sua maioria, não transparecem que são infectados pelo vírus HIV e, muitos deles, sequer sabem que estão infectados”, ressalta Sheila dos Anjos, destacando a importância da testagem rápida e do uso dos preservativos durante a prática sexual.
Epidemiologia – Ainda conforme o Programa Estadual de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis, já são 7.378 pessoas infectadas no Estado até o primeiro semestre deste ano. Em 1986, quando o primeiro alagoano foi diagnosticado com a Aids, houve o registro de seis casos; já em 2018, foram contabilizadas 452 notificações, se notabilizando como o maior número de registros dos últimos 34 anos.
Já nos últimos dez anos, das 3.858 pessoas diagnosticadas com Aids, 2.562 eram do sexo masculino e 1.296 do feminino. Quatro delas eram menores de um ano de vida, 179 tinham entre um e 19 anos, 892 tinham entre 20 a 29 anos, 1.271 entre 30 a 39 anos, 1.346 entre 40 a 59 anos e 166 estavam acima dos 60 anos.
Proposta preliminar foi discutida em reunião realizada hoje
O plano nacional de vacinação contra a covid-19 terá quatro fases. Em cada etapa serão atendidos determinados tipos de públicos, escolhidos a partir do risco da evolução para quadros graves diante da infecção, da exposição ao vírus e de aspectos epidemiológicos da manifestação da pandemia no país.
A proposta preliminar foi discutida em reunião realizada hoje (1º) com a participação do Ministério da Saúde e outras instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz, o Instituto Butantan, o Instituto Tecnológico do Paraná e conselhos nacionais de secretários estaduais (Conass) e municipais (Conasems) de saúde.
A primeira fase terá como prioridade trabalhadores de saúde, pessoas de 75 anos ou mais e idosos em instituições de longa permanência (como asilos), bem como povos indígenas. Na segunda fase a imunização será focada nos idosos de 60 a 74 anos. Pacientes a partir de 60 anos são considerados grupo de risco pelo risco maior da contaminação evoluir para uma morte.
Na terceira fase estarão pessoas com comorbidades, condições médicas que também favorecem um agravamento do quadro a partir da covid-19. Entre as doenças crônicas incluídas neste grupo estão as cardiopatias e doenças renais crônicas.
A quarta fase vai focar em professores, forças de segurança, trabalhadores do sistema prisional e pessoas privadas de liberdade. O conjunto destes segmentos soma 109,5 milhões de pessoas, que deverão receber, cada um, duas doses. No comunicado do Ministério sobre a reunião não há informações sobre o restante da população.
O Brasil já firmou acordo para compra de 100,4 milhões de doses com o consórcio Oxford/Astrazeneca e 42,5 milhões no âmbito do grupo Covax Facility, que reúne governos e empresas de diversos países.
De acordo com o ministério, o planejamento apresentado pode sofrer alterações no decorrer dos debates sobre o esforço de imunização contra a covid-19. Os representantes da pasta informaram durante a reunião que estão negociando a aquisição de mais seringas e agulhas. O órgão está providenciando a aquisição de 300 milhões de seringas no mercado nacional e 40 milhões no internacional.
O Ministério da Saúde manteve reunião nas últimas semanas com outros grupos desenvolvendo vacinas, como Pfizer e Biontech (EUA e Alemanha), Instituto Gamaleya (Rússia), Baharat Biontech (covaxin).
Governo estaduais firmaram parcerias próprias, como o de São Paulo com Sinovac para a Coronavac e os governos do Paraná e da Bahia com o Instituto Gamaleya para a Sputinik V, mas não houve anúncio de planos específicos. Nenhuma destas vacinas obteve ainda a autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Alagoas não atingiu as metas preconizadas e o público alvo tem até o dia 20 deste mês para se imunizar
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI), prorrogou, até o dia 20 deste mês, as campanhas de vacinação contra o sarampo e a poliomielite. A medida foi adotada porque Alagoas não atingiu as metas mínimas preconizadas pelo Ministério da Saúde (MS).
Conforme balanço divulgado pelo PNI, no caso da poliomielite, cuja meta mínima é de 95%, foram vacinados 70,2% do público alvo até a sexta-feira (27). Isso significa que, das 215.592 crianças entre 12 meses a menores de cinco anos que devem ser imunizadas, 151.345 foram levadas aos postos dos 102 municípios do Estado.
Já com relação ao sarampo, cujo público alvo são pessoas entre 20 a 49 anos, o PNI aponta que o índice de imunização corresponde a 52,12%, quando a meta preconizada é de 100%. Esse percentual representa que 727.454 alagoanos dos 1.395.727 preconizados já foram vacinados até a última sexta-feira (27).
Municípios – Ainda de acordo com o PNI, dos 102 municípios alagoanos, 61 não atingiram a meta mínima de 95% referente à Campanha de Vacinação contra a Poliomielite até a sexta-feira (27). No caso da Campanha de Vacinação contra o Sarampo, apenas Campo Alegre, Feira Grande, Jacaré dos Homens, Limoeiro de Anadia, Paulo Jacinto, Santa Luzia do Norte, São Luiz do Quitunde, São Miguel dos Milagres e Teotonio Vilela vacinaram 100% do público preconizado.
A assessora do PNI em Alagoas, Rafaela Siqueira, salienta que não haverá mais prorrogação, porque o Ministério da Saúde irá fechar o sistema de informação para digitação dos dados no próximo dia 20. “Não há mais nenhuma desculpa aceitável para que o público alvo das duas campanhas deixe de se vacinar. Essa é a segunda prorrogação e nem a Pandemia da Covid-19 pode ser encarada como obstáculo para a não vacinação, uma vez que as equipes dos postos de saúde têm adotado todas as medidas de prevenção necessárias”, reforçou.
Sarampo e Paralisia – Segundo o Ministério da Saúde (MS), o sarampo, causado pelo vírus Measles morbillivirus, além de deixar sequelas como cegueira e surdez, pode ser fatal. A transmissão ocorre quando a pessoa doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas e os principais sintomas são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, nariz entupido e mal-estar intenso, além de manchas pelo corpo.
A Poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. Ela acomete em geral os membros inferiores, de forma assimétrica, tendo como principal característica a flacidez muscular, com sensibilidade conservada.
A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral, por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores. Também é transmitida pela via oral-oral, através de gotículas de secreções da orofaringe, seja ao falar, tossir ou espirrar.
Equipamento evita ou reduz a queda de cabelo
Uma tecnologia desenvolvida na década de 90 pelo cervejeiro inglês Glenn Paxman para a mulher Sue, que fazia quimioterapia devido a um câncer de mama, foi aperfeiçoada e está sendo objeto de um projeto piloto no Hospital do Câncer III, no Rio de Janeiro. A tecnologia é usada nos melhores hospitais oncológicos do mundo.
A unidade do Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), especializada no tratamento de câncer de mama, é o primeiro centro oncológico vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer a crioterapia capilar com a chamada Touca Inglesa. A tecnologia é capaz de evitar ou reduzir a queda de cabelos induzida pela quimioterapia.
O novo equipamento foi doado ao Inca pela empresa britânica Paxman, instalada no Brasil desde 2013. A Touca Inglesa já estava disponível há mais de um ano em redes e clínicas particulares e, graças à Paxman, passará a ser oferecida a partir de agora a pacientes do SUS atendidos pelo Inca.
O diretor do Hospital do Câncer III, Marcelo Bello, disse que está sendo feito um projeto piloto para avaliar a aceitação da Touca Inglesa, uma vez que a entidade só dispõe de um equipamento que atende duas pacientes de cada vez. “A gente está naquela fase de curva de aprendizado no projeto piloto que vai envolver 50 pacientes, para avaliarmos os resultados e ver a aceitação. A partir daí, tudo dando certo, a gente pode sonhar em ter outros equipamentos no futuro”, completou o diretor.
Autoestima
Marcelo Bello pretende pedir mais um equipamento para doação ao Inca, embora não descarte a possibilidade de outro ser adquirido se mostrar que faz tanta diferença na autoestima das pacientes com câncer de mama. “A gente vê muita gente não querendo tratar [o câncer] com medo de perder o cabelo. Eu acho que oferecer isso, é muito interessante, porque a gente valoriza a autoestima. Para muitas pessoas, é muito difícil perder os cabelos. Nós estamos esperançosos de que tudo dê certo e possamos ter outros equipamentos no futuro”, afirmou.
Bello explicou que ao contrário das toucas manuais não controladas, que podem provocar queimaduras, a Touca Inglesa faz resfriamento mais lento, controla a temperatura e, depois, volta à temperatura normal de forma lenta também. “É totalmente eletrônica e segura”. Segundo Marcelo Bello, a tecnologia não provoca lesões nem metástase no couro cabeludo. “Já foi demonstrado que é extremamente seguro. É um equipamento seguro, tanto do ponto de vista de não causar danos físicos, quanto de não atrapalhar o tratamento”, reforçou.
O projeto piloto com a crioterapia capilar foi iniciado em outubro passado no Hospital do Câncer III e atendeu até agora cinco pacientes. Bello informou que há todo um preparo antes e depois de usar a Touca Inglesa, para garantir a permanência do cabelo ou aumentar a chance de não cair.
Humanização
O diretor da Paxman Brasil, Gustavo Spritzer, destacou que a tecnologia transforma a vida das pessoas com o objetivo de mudar o estigma do câncer, como forma humanizada e positiva de enfrentar esse momento. Para ele, “é um privilégio realizar essa doação para o Inca, um centro de excelência. É possível vencer o câncer sem perder os cabelos. Acreditamos na humanização do atendimento e vemos que essa tecnologia colabora para isso”, concluiu.
Pesquisas realizadas com a Touca Inglesa ao longo de duas décadas registraram relatos de pacientes sobre a diminuição da alopecia, a ponto de dispensar o uso de lenço ou peruca. A taxa de sucesso depende do tipo de medicação administrada, 50% para as mais fortes e até 92% nas menos agressivas. A sensação de frio foi tolerada por 98% dos pacientes. A terapia não é indicada, contudo, para os tipos de câncer hematológicos ou para alguma alergia ao frio.
De acordo com o Inca, a queda de cabelo é um dos efeitos colaterais da quimioterapia que causam mais trauma nas pacientes, podendo gerar a desistência do tratamento. O uso da crioterapia capilar, por meio da Touca Inglesa, faz parte atualmente das Diretrizes de Prática Clínica em Oncologia da National Comprehensive Cancer Network (NCCN) para pacientes que vão iniciar o tratamento de câncer de mama, ovário, peritoneal e trompa de falópio. A NCCN é uma aliança dos 30 principais centros de câncer dos Estados Unidos.
Funcionamento
A touca é conectada a uma unidade de refrigeração e colocada na cabeça do paciente cerca de 30 minutos antes, mantida durante e em torno de uma hora e meia após a infusão das drogas, dependendo do protocolo adotado. O sistema resfria o couro cabeludo a uma temperatura em torno de 20°C. Com isso, diminui o fluxo sanguíneo nos folículos capilares e reduz a absorção dos fármacos na região.
Foram registradas mais três mortes em território alagoano; há 2.312 casos em investigação laboratorial
O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), deste sábado (28/11), confirma mais 221 novos casos de Covid-19 em Alagoas. Dessa forma, o estado tem um total de 94.613 casos confirmados do novo coronavírus até o momento, dos quais 1.154 estão em isolamento domiciliar. Outros 90.983 pacientes já finalizaram o período de isolamento, não apresentam mais sintomas e, portanto, estão recuperados da doença. Há 2.312 casos em investigação laboratorial. Foram registradas mais três mortes em território alagoano. Com isso, Alagoas tem 2.334 óbitos por Covid-19.
Os casos confirmados de pessoas com a Covid-19 estão distribuídos nos 102 municípios alagoanos. Em relação ao quadro total de óbitos em Alagoas, estão confirmados 2.334 óbitos por Covid-19, mas, oito deles, eram de pessoas residentes em Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Bahia, tendo como vítimas seis homens e duas mulheres. Dos 2.326 óbitos de pessoas residentes em Alagoas, 1.305 eram do sexo masculino e 1.021 do sexo feminino. Eram 1.027 pessoas que residiam em Maceió e as outras 1.299 moravam no interior do Estado, segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), da Sesau.
Óbitos – No boletim deste sábado (28/11), mais três mortes foram confirmadas, laboratorialmente, por causa do novo coronavírus, sendo uma vítima da capital alagoana e duas do interior do Estado. A de Maceió era um homem de 82 anos, diabético e com pneumonia crônica, que morreu no Hospital Veredas.
Já as vítimas do interior do Estado eram uma mulher e um homem. A mulher de 75 anos, de Igaci, não tinha comorbidades e morreu no Hospital de Emergência do Agreste (HEA); já o homem de 66 anos, residia em Arapiraca, era imunossuprimido e morreu na Santa Casa de Maceió.
Leitos de Covid-19 do Estado – Dos 508 leitos criados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para atender, exclusivamente, pacientes com suspeita e confirmação de infecção pelo novo coronavírus, 177 estavam ocupados até às 17h da última sexta-feira (27/11), o que corresponde a 35% do total. Atualmente, 60 pacientes estão em leitos de UTI, 05 ocupando leitos intermediários e 112 em leitos de enfermaria. Para acompanhar a evolução da ocupação dos leitos exclusivos para Covid-19, acesse http://www.alagoascontraocoronavirus.com.br/
Pandemia reduziu doações em 50% em algumas regiões
No Dia Nacional do Doador de Sangue, comemorado nesta quarta-feira (25), hemocentros do Distrito Federal e de 14 estados brasileiros – Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo – se uniram na campanha “Somos todos do mesmo sangue”. A ação inédita vai até o dia 28 e pretende ressaltar a importância desse gesto, especialmente durante a pandemia de covid-19, já que houve queda de até 50% no número de doações em algumas regiões do Brasil.
“Ver os hemocentros unidos em celebração a um dia tão especial tem um significado muito importante. Só é possível garantir a continuidade das coletas de sangue durante a pandemia com uma grande corrente de solidariedade. Só é possível salvar vidas juntos”, destacou o diretor-geral do Hemorio, Luiz Amorim.
Cada hemocentro vai desenvolver ações locais para agradecer e incentivar os doadores de sangue. Em Brasília serão homenageados doadores, multiplicadores e entidades que se destacaram neste ano por desenvolverem ações de incentivo à doação voluntária de sangue, como o simples gesto de doar regularmente e a organização de grupos de doadores. “É muito significativo o esforço nacional coletivo para agradecer o doador pelo gesto tão valioso – e expressado com mais intensidade durante a pandemia. A esperança tem chegado aos pacientes que precisam de transfusão”, pontua a diretora-presidente da Fundação Hemocentro de Brasília, Bárbara Simões.
Números
Segundo o Ministério da Saúde, 1,8% da população doa sangue de forma regular. A estatística fica um pouco abaixo dos 2% ideais definidos pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e também dos 5% registrados em países da Europa. As doações constantes são essenciais para os estoques de plaquetas, que ajudam no controle de sangramentos e são usadas em tratamentos contra o câncer, por exemplo.
Segurança
A quantidade de sangue retirada não afeta a saúde do doador, pois a recuperação ocorre imediatamente após a doação. Uma pessoa adulta tem em média 5 litros de sangue e em uma doação são coletados, no máximo, 450 mililitros de sangue.
Ao se candidatar a doar é preciso passar por uma entrevista que tem o objetivo de dar maior segurança para o doador e para os pacientes que receberão o sangue, sendo de extrema importância responder as perguntas com sinceridade.
Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (hemácias, plaquetas e plasma) e assim um único doador pode beneficiar mais de um paciente. Os componentes são distribuídos para os hospitais para atender aos casos de emergência e aos pacientes internados.
Quem pode doar?
Podem doar sangue as pessoas que tiverem idade entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doação deve ser feita, obrigatoriamente, até os 60 anos. Menores de 18 anos só podem doar com a autorização dos responsáveis legais. Todo doador deve apresentar um documento original com foto.
Se o voluntário tiver almoçado, o procedimento deve ser feito três horas depois. Se for um doador frequente, é preciso obedecer ao intervalo para a doação, que deve ser de dois em dois meses para homens, que podem doar no máximo quatro vezes por ano, e de três em três meses para mulheres, que podem doar no máximo três vezes por ano.
Covid-19
Quem teve contato com pessoa diagnosticada ou com suspeita do novo coronavírus, assim como quem retornou de viagem internacional recente, fica impedido de doar sangue por 14 dias. Esse prazo também se aplica aos candidatos com febre ou sintomas respiratórios (tosse, irritação ou dor na garganta), após o desaparecimento completo desses sinais.
No caso de pessoas que foram diagnosticadas com Covid-19 é preciso aguardar 30 dias após o desaparecimento completo dos sintomas para se candidatar à doação de sangue.
Condições básicas:
– ter entre 16 e 69 anos de idade (menor de 18 anos deve apresentar o formulário de autorização e cópia do documento de identidade com foto do pai, mãe ou tutor/guardião);
– idosos devem ter realizado pelo menos uma doação de sangue antes dos 61 anos);
– pesar mais de 51 quilos e ter IMC maior ou igual a 18,5 (descontar o vestuário);
– há medicamentos que podem impedir a doação. As orientações são dadas durante a triagem.
– apresentar documento de identificação oficial com foto (original ou cópia autenticada em cartório), em bom estado de conservação e dentro do prazo de validade.
Documentos aceitos: carteira de identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista, carteira nacional de habilitação, passaporte, carteira profissional emitida por classe ou carteira de doador. Não são aceitos crachás funcionais, carteiras estudantis nem certidão de nascimento;
– dormir pelo menos seis horas, com qualidade, na noite anterior à doação;
– não ingerir bebida alcoólica nas 12 horas anteriores à doação;
– não fumar duas horas antes da doação.
Doações na pandemia
Durante esse período, os atendimentos em todas as unidades estão acontecendo, preferencialmente, por meio de agendamento. A medida visa a reduzir a circulação de pessoas nos locais para evitar aglomerações e reduzir a possibilidade de transmissão do vírus.
Mosquito é transmissor da dengue, zika e chikungunya
O Ministério da Saúde lançou nesta terça-feira (24), em Brasília, a campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que podem gerar outras como a microcefalia e a síndrome de Guillain-Barré.
As estrelas da ação desta vez são os agentes de saúde, indispensáveis para informar e orientar a população a combater corretamente os criadouros do mosquito. Com o tema Combater o mosquito é com você, comigo, com todo mundo. Faça a sua parte, a campanha será veiculada em rádios e Tvs, outdoors e redes sociais, de hoje até o dia 31 de dezembro.
objetivo é conscientizar sobre os perigos do inseto, e motivar os brasileiros para o combate aos criadouros. Dividida em duas fases a ação vai alertar sobre a importância do cuidado aos locais que podem acumular água, e também informar os sintomas e as formas corretas de tratar doenças como dengue, zika e chikungunya.
“Trabalhar a dengue neste ano foi um desafio muito grande [por causa da pandemia do novo coronavírus] . É desafio sair de casa para irmos ao campo, é desafio enfrentar dois inimigos ao mesmo tempo. Não podemos relaxar, pois sabemos o quanto esse momento é importante, porque, na ponta, precisamos estimular o nosso povo. Em 2021, temos que intensificar nossas ações”, disse o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Willames Freire.
“O mosquito é um vilão, mas o maior vilão é o cidadão que deixa, por exemplo, a água ficar empoçada. Por isso, a campanha e o trabalho dos agentes in loco são ferramentas fundamentais para conscientizarmos a população sobre a importância do combate ao mosquito”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco.
Durante o evento, o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, ressaltou que, entre as medidas tomadas pelo Ministério da Saúde para combater a proliferação do mosquito, estão a compra de inseticidas e as atualizações dos manuais de manejo clínico.
Prevenção
Eliminar os recipientes com água parada – ambiente propício para procriação do mosquito Aedes aegypti – é rápido e fácil. A população não pode esquecer de tampar os tonéis e caixas d’água, manter calhas sempre limpas, deixar garrafas e recipientes com a boca para baixo, limpar semanalmente ou preencher pratos de vasos de plantas com areia, manter lixeiras bem tampadas e ralos limpos e com aplicação de tela, além de manter lonas para materiais de construção e piscinas sempre esticadas para não acumular água.
Sintomas
Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são bem parecidos. Eles incluem febre, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais. Ao sinal desses sintomas , a orientação do Ministério da Saúde é procurar imediatamente a unidade ou serviço de saúde mais próximo de sua residência .
Segundo dados do Ministério da Saúde, de janeiro a 14 de novembro de 2020 foram registrados 971.136 casos de dengue, com taxa de incidência de 462,1 casos por 100 mil habitantes no país. Neste período, Paraná, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso apresentaram as maiores taxas de incidência de casos de dengue no Brasil neste ano.
No período foram confirmados 528 óbitos por dengue. Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul concentravam 76,8% dos casos (401). Os dados ainda estão em processo de atualização e digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), e, segundo a pasta, podem sofrer alterações.
No mesmo período deste ano foram notificados 78.808 casos de chikungunya, com taxa de incidência de 37,5 casos por 100 mil habitantes no país. Os estados da Bahia e do Espírito Santo concentravam 67,4% dos casos (53.154). Foram confirmados 25 óbitos por chikungunya nesse período.
Até 24 de outubro, foram notificados 7.006 casos de Zika, com taxa de incidência 3,3 casos por 100 mil habitantes no país. Bahia e Rio Grande do Norte concentraram, nesse período, 45,8% dos casos de Zika (3.210).
Projeto Vigiarbo
A equipe do ministério também destacou as estratégias integradas para vigilância, prevenção e controle das arboviroses no Brasi. Nesse sentido, o projeto Vigiarbo reúne iniciativas para monitoramento das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, zika e chikungunya) e o vírus Haemagogus (febre amarela).
Por meio do projeto é possível antecipar a chegada do vírus da febre amarela e, com apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), compartilhar com os países da América do Sul. A comunicação é feita por meio de aplicativo móvel, já disponível nas lojas Google Play e Apple Store, que permitem, por exemplo, que trabalhadores dos parques ecológicos, profissionais de saúde e a população em geral, façam o alerta da circulação do vírus da febre amarela.
Assim, ao ver um macaco morto, o cidadão pode tirar uma foto e enviar pelo próprio aplicativo. O celular captura a área geográfica que o macaco foi encontrado e permite mapear as regiões de abrangência a partir da base de vegetação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Assim, com a avaliação dos corredores ecológicos, é possível prever as próximas áreas de transmissão da febre amarela e intensificar a vacinação contra o vírus. Os macacos são importantes indicadores da presença do vírus. A região sul do país participou do projeto piloto e, agora, a ideia é expandir para todo o Brasil”, explicou o Ministério da Saúde.
Os resultados sairão na primeira semana de dezembro
Chegou à fase final o estudo clínico da CoronaVac, a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com biofarmacêutica Sinovac Life Science. De acordo com informações do governo de São Paulo e do Instituto Butantan, os resultados sairão na primeira semana de dezembro e a previsão é a de que, até janeiro de 2021, 46 milhões de doses estejam disponíveis no Brasil.
Os resultados serão enviados pelo Comitê Internacional independente na primeira semana de dezembro para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) analise o relatório para verificação da vacina. Os testes no Brasil estão sendo coordenados desde julho pelo Butantan em 16 centros de pesquisa científica espalhados em sete estados brasileiros e no Distrito Federal, com 13 mil voluntários envolvidos. Na última semana, o primeiro lote com 120 mil doses chegou a São Paulo.
Na última terça-feira (17), os resultados da fase anterior de estudos clínicos da CoronaVac foram publicados pela revista científica Lancet, uma das mais importantes do mundo. A publicação mostrou que a vacina é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos.
Outras vacinas
Hoje (23) a farmacêutica britânica AstraZeneca anunciou a vacina que o laboratório está desenvolvendo contra o novo coronavírus pode ter 90% de eficácia, sem nenhum efeito colateral grave. Desenvolvida pela Universidade de Oxford, atingiu esse percentual na prevenção da doença quando administrada em meia dose e, pelo menos um mês depois, uma dose integral, de acordo com dados do estudo clínico em estágio avançado realizado no Reino Unido e no Brasil. A farmacêutica terá 200 milhões de doses da vacina até o final deste ano, com 700 milhões de doses prontas globalmente até o fim do primeiro trimestre de 2021.
A americana Pfizer informou na última quarta-feira (18) que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina mostram que o imunizante é 95% eficaz, tem todos os dados de segurança exigidos referentes a dois meses e que solicitaria autorização para uso emergencial nos Estados Unidos em alguns dias. Segundo a Pfizer, a eficácia da vacina desenvolvida em parceria com alemã BioNTech foi consistente em dados demográficos de idade e etnia, e que não houve efeitos colaterais importantes.
A concorrente Moderna divulgou na última segunda-feira (16) dados preliminares para sua vacina, mostrando eficácia semelhante.
Ministério da Saúde coletou detalhes técnicos dos estudos em andamento
O governo brasileiro informou hoje (22) que se reuniu, na última semana, com cinco laboratórios que desenvolvem vacinas contra a covid-19. Foram recebidos representantes da Pfizer, Janssen, Bharat Biotech, Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e Moderna. Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que coletou informações sobre os detalhes técnicos das vacinas, bem como sua segurança e eficácia.
A pasta informou ainda que deverá assinar cartas de intenção não-vinculantes com as empresas para permitir uma futura aquisição de doses. Mas qualquer compra de vacina só poderá ocorrer após o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Outros requisitos também precisam ser cumpridos antes da compra de uma vacina: a segurança; a eficácia; a capacidade de produção em escala; a oferta em tempo oportuno para inserir as vacinas no Programa Nacional de Imunizações (PNI); o preço proposto para a incorporação e as condições logísticas oferecidas.
“Os encontros desta semana complementam os acordos contratuais feitos pelo Governo Federal. Até o momento, o Ministério da Saúde tem acordos contratuais para o possível acesso a 142,9 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, que poderão imunizar pelo menos um terço da população brasileira, assim que concluídas as etapas de segurança, eficácia e registro”, afirmou o ministério, em nota.
Segundo a pasta, a previsão é produzir na Fiocruz, de forma autônoma, mais 110 milhões de vacinas em 2021, “se tudo ocorrer da maneira planejada”. O Ministério da Saúde afirmou que acompanha 270 estudos de vacinas em todo o mundo e quer adquirir uma vacina segura “com a maior brevidade”.
Empresa pediu aos EUA autorização para uso emergencial do produto
A farmacêutica norte-americana Pfizer espera lançar rapidamente sua vacina experimental contra a Covid-19 na América Latina, pouco depois que receber autorização de emergência nos Estados Unidos, afirmou um executivo sênior. Para ele, isso poderia ocorrer já em dezembro.
Alejandro Cané, chefe de assuntos científicos e médicos da divisão de vacinas da Pfizer para a América do Norte, disse à agência de notícias Reuters, em uma entrevista em Buenos Aires, que a América Latina e outras partes do mundo deveriam ter um “cronograma semelhante” ao dos Estados Unidos.
“No início a ideia é ter a vacina autorizada nos Estados Unidos”, declarou Cané. “Estamos confiantes de que nas próximas semanas ou meses teremos a vacina em uso não só nos EUA e na Europa, mas também em países da América Latina,”, declarou.
A Pfizer solicitou esta semana aos reguladores de saúde dos EUA autorização para uso de emergência de sua vacina contra a covid-19, o primeiro pedido desse tipo, que marca um grande passo para fornecer proteção contra o vírus mortal.
Ensaio
“A ideia é coletar todas as informações desse ensaio e estamos aguardando agora o retorno do governo [dos EUA] para ter uma reunião do Comitê Consultivo de Vacinas e Produtos Biológicos Relacionados e, depois disso, uma potencial autorização para nossa autorização de uso de emergência”, disse.
“Dessa forma, a vacina poderia ser usada e distribuída nos Estados Unidos”, acrescentou ele, dizendo que a autorização poderia ocorrer em torno de uma a duas semanas após a reunião do comitê.
Cané afirmou, também, que a Pfizer tinha acordos de fornecimento no Chile, México e Peru e que havia várias outras conversas em andamento, inclusive na Argentina, onde o governo disse que poderia receber 750 mil doses da vacina até dezembro.
SUS oferece tratamento gratuito para a doença que foi lembrada no último dia 14, Dia Mundial de Combate ao Diabetes
Considerada uma doença silenciosa por, na maioria das vezes, não manifestar sintomas ou causar mal-estar no paciente, a diabetes esteve entre as cinco principais causas de morte no Brasil em 2018. Por isso, a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento correto são peças-chave no controle da doença.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diagnóstico, acompanhamento e tratamento completo para a diabetes, inclusive com distribuição de insulina quando necessário. O atendimento conduzido pela Atenção Primária à Saúde pode evitar hospitalizações e complicações relacionadas à doença. As equipes de saúde da família fazem acompanhamento multiprofissional.
“Em 2020, o recurso investido para a manutenção das equipes de Saúde da Família em ações da promoção de saúde, entre elas academia da saúde, programa saúde na escola e ações para alimentação e saúde, até o momento somam mais de R$ 14 bilhões”, explica o secretário da Atenção Primária à Saúde, do Ministério da Saúde, Raphael Parente.
“Além desse valor, ainda este ano, o ministério destinou mais R$ 221 milhões por meio de portaria que instituiu, em caráter excepcional e temporário, no contexto da Covid-19, incentivo financeiro federal para atenção às pessoas com obesidade, diabetes e também hipertensão arterial”, frisa o secretário.
A diabetes é causada pela produção insuficiente ou resistência à insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, estima-se que 9 milhões de pessoas que acessam a Atenção Primária têm diabetes, sendo que 35% dessas pessoas estão cadastradas nas unidades de saúde.
Em 2019, foram feitas 11 milhões de consultas para pessoas com essa doença. No mesmo ano, o número de internações por diabetes foi 136 mil, gerando um custo de R$ 98 milhões de reais.
Depois que foi diagnosticada com diabetes, Sebastiana Costa Santos, de 78 anos, mudou os hábitos alimentares e começou o tratamento no SUS. Ela contou que procurar o médico foi fundamental para controlar a doença. “Acho que o tratamento é muito bom. Aconselho que procurem sempre um médico para se tratar e procure com muito cuidado, não deixe de ir ao médico para medir a glicemia, se alimentar bem, fazer exercícios e exames permanentes por causa da glicemia”, relatou.
O último dia 14 foi o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, data em que são lembrados os perigos da doença e cuidados para evitá-la.
A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente, manter uma alimentação saudável consumindo frutas, verduras e reduzindo sal, açúcar e gorduras. É importante também manter o peso controlado, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar. Pessoas com histórico familiar de diabetes devem redobrar os cuidados.
Fatores de risco
Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento do diabetes como a pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue, o sobrepeso principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura e doenças renais crônicas.
Tipos de diabetes
Diabetes tipo 1: doença crônica hereditária. Cerca de 90% dos pacientes diabéticos no Brasil têm esse tipo. Aparece geralmente na infância ou adolescência, mas também pode ser diagnosticada em adultos. O tratamento exige o uso diário de insulina para controlar a glicose no sangue.
Diabetes tipo 2: ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina produzida. A causa está relacionada a fatores como histórico familiar, idade superior aos 45 anos, sobrepeso, sedentarismo e hipertensão arterial.
Pré-diabetes: é um sinal de alerta do corpo quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o normal, mas ainda não tão elevados para caracterizar a doença. A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores de sucesso para o controle.
Diabetes gestacional: ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes tipo 2.
Fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao dia são os principais sintomas. Mas, dependendo do tipo, não há sinais específicos.
A diabetes tipo 1 pode provocar perda de peso, fraqueza, mudanças de humor, náusea e vômito. A tipo 2 traz sintomas como cicatrização demorada de feridas, visão embaçada e formigamento de pés e mãos.
Complicações
Cada tipo de diabetes requer cuidados diferenciados. Quando não tratada corretamente, a doença pode evoluir para formas mais graves e apresentar diversas complicações. Entre elas, problemas arteriais e amputações, doença renal, feridas nos pés de difícil cicatrização, cegueira e mais chance de desenvolver problemas nos olhos como cataratas e glaucoma.
Além disso, pode haver redução de sensibilidade devido aos danos que a falta de controle da glicose causa aos nervos. Essas duas condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções, que podem levar à amputação. A maioria das amputações são evitáveis com cuidados regulares e calçados adequados.
Gov.br
Cerimônia ocorre nesta segunda (23), às 10h, no Centro Cultural Ruth Cardoso, em Jaraguá
Para facilitar e agilizar a denúncia de abusos sexuais praticados em Alagoas e, com isso, garantir que as vítimas sejam assistidas integralmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) lança, nesta segunda-feira (23), o aplicativo Fica Bem. A cerimônia ocorre às 10h, no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro Jaraguá, em Maceió, e vai contar com a presença do secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
Por meio do aplicativo Fica Bem, a Sesau espera reduzir a subnotificação das denúncias de violência sexual. De acordo com a Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual de Alagoas (Ravvs/AL), órgão vinculado à Sesau, somente de janeiro a outubro deste ano, foram denunciados e computados 561 casos envolvendo abuso sexual.
O atendimento às vítimas ocorreu na Área Lilás do Hospital da Mulher e no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió; no Hospital Ib Gatto Falcão, em Rio Largo, e no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca. Das 561 denúncias de violência sexual registradas nos primeiros dez meses deste ano, mais de 450 delas culminaram em atendimento na Área Lilás, localizada no Hospital da Mulher.
“Em sua maioria, as agressões ocorrerem no ambiente residencial e, o mais grave, são praticadas por pessoas que exercem influência psicológica e financeira sobre as vítimas, inibindo-as de saírem de casa para denunciar”, destaca a coordenadora da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual de Alagoas (Ravvs/AL), órgão vinculado à Sesau.
De início, o aplicativo Fica Bem estará disponível à população para ser baixado em smartphones com a funcionalidade Android, e posteriormente, à disposição do sistema operacional iOS. Resultado de um projeto de mestrado do Centro Universitário Cesmac, o aplicativo foi disponibilizado à Ravvs e, além da população, poderá ser utilizado pelos profissionais do Conselho Tutelar e da Saúde, Educação, Assistência Social e Segurança Pública.
Fácil acesso – O Fica Bem, assim que baixado no smartphone, é uma ferramenta de fácil acesso e utilização. O usuário faz um cadastro e, em seguida, aparece um menu com informações sobre como fazer denúncias de violência sexual. Na denúncia é possível informar, em um formulário, os dados da vítima e o grau de violência sofrido. Existem, ainda, botões de ajuda no qual o usuário pode acionar a polícia e a Ravvs. No aplicativo também tem telas com unidades de saúde referência e localização dos hospitais.
“Ou seja, com o aplicativo em mãos, a denúncia de violência sexual está ainda mais fácil de ser efetivada. Com esta nova ferramenta, estaremos intensificando o combate a esses crimes”, garante o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.
Assistência – A coordenadora da Ravvs, Camille Wanderley, salienta que as vítimas de violência sexual recebem assistência multidisciplinar em saúde, atendimento psicológico e seus casos são notificados pelas autoridades de segurança pública. As denúncias podem ser feitas todos os dias da semana, durante 24 horas, através do telefone (82) 9 8882-9765 ou presencialmente, no Hospital da Mulher (HM), no bairro Poço, em Maceió, onde o serviço está sediado.
No Estado de Alagoas, em 2019, 91% das vítimas captadas pela Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS) são do sexo feminino e 79% são crianças e adolescentes na faixa etária de 0 a 17 anos que, por serem pessoas em desenvolvimento, precisam da efetivação do seu cuidado pelo Estado, pela Família e pela Sociedade Civil, como garante a Constituição Federal de 1988.
O Boletim Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), desta quarta (18/11), confirma mais 136 novos casos de Covid-19 em Alagoas. Dessa forma, o estado tem um total de 92.951 casos confirmados do novo coronavírus até o momento, dos quais 938 estão em isolamento domiciliar. Outros 89.607 pacientes já finalizaram o período de isolamento, não apresentam mais sintomas e, portanto, estão recuperados da doença. Há 461 casos em investigação laboratorial. Foram registradas mais três mortes em território alagoano. Com isso, Alagoas tem 2.304 óbitos por Covid-19.
Os casos confirmados de pessoas com a Covid-19 estão distribuídos nos 102 municípios alagoanos. Em relação ao quadro total de óbitos em Alagoas, estão confirmados 2.304 óbitos por Covid-19, mas, oito deles, eram de pessoas residentes em Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Bahia, tendo como vítimas seis homens e duas mulheres. Dos 2.296 óbitos de pessoas residentes em Alagoas, 1.293 eram do sexo masculino e 1.003 do sexo feminino. Eram 1.017 pessoas que residiam em Maceió e as outras 1.279 moravam no interior do Estado, segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), da Sesau.
Óbitos – No boletim desta quarta-feira (18/11), mais três mortes foram confirmadas, laboratorialmente, por causa do novo coronavírus, sendo uma vítima da capital alagoana e duas do interior do Estado. A de Maceió era uma mulher, de 56 anos, imunossuprimida, que morreu na Santa Casa de Maceió.
Já as duas vítimas do interior do Estado eram um homem e uma mulher. A mulher de 56 anos, de Igaci, era doente renal crônica, hipertensa, obesa e morreu no Hospital de Emergência do Agreste (HEA); e o homem de 82 anos, de Maragogi, não tinha comorbidades e morreu no Hospital da Mulher.
Leitos de Covid-19 do Estado – Dos 774 leitos criados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para atender, exclusivamente, pacientes com suspeita e confirmação de infecção pelo novo coronavírus, 123 estavam ocupados até às 17h da terça-feira (17), o que corresponde a 16% do total. Atualmente, 55 pacientes estão em leitos de UTI, 02 ocupando leitos intermediários e 66 em leitos de enfermaria. Para acompanhar a evolução da ocupação dos leitos exclusivos para Covid-19, acesse http://www.alagoascontraocoronavirus.com.br/