Recursos que seriam destinados ao pagamento da dívida estadual foram alocados no combate à pandemia no Estado
Alagoas já prestou contas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, da primeira parcela de R$ 32 milhões utilizados no combate ao COVID-19. Os recursos foram obtidos após uma ação movida pela Procuradoria Geral do Estado no STF solicitando a suspensão do pagamento da dívida estadual com a União e apontando que os valores seriam empregados na Saúde com iniciativas de planejamento e enfrentamento da pandemia. Ficou determinado que o estado deverá, impreterivelmente, prestar referidas informações a cada 15 dias
Com informações da Secretaria Estadual da Saúde, o Procurador Gentil Ferreira, que atua no Núcleo da PGE em Alagoas, entregou um relatório detalhado apontando o uso da verba pública que seria destinada ao pagamento das parcelas suspensas indicando assim as rubricas orçamentárias específicas no montante exato, bem como a data em que os valores liberados serão disponibilizados no orçamento. Os recursos serão destinados para aquisição de material de consumo; equipamentos e material permanente; obras e instalações e para outros serviços de terceiros – tanto de pessoa física, quanto de pessoa jurídica.
“Dos R$ 32 milhões que seriam pagos na parcela da dívida já foram empenhados R$ 28 milhões para o combate da pandemia como está detalhado no relatório que entregamos ao Ministro Alexandre Moraes. A prestação de contas será feita de forma quinzenal durante os 180 dias de duração desta suspensão”, explicou o Procurador Gentil Ferreira. A disponibilização dos recursos e cotas orçamentárias à SESAU, por sua vez, se dará até o dia 10 do mês subsequente à data de vencimento da parcela da dívida suspensa. Outros 16 estados também tiveram as dívidas suspensas, entre eles, São Paulo, Bahia, Maranhão, Pernambuco e Mato Grosso do Sul.
Agência Alagoas
Boletim epidemiológico deste sábado (18) registrou mais três mortes pela doença no Estado
Alagoas tem 132 casos e 10 óbitos por covid-19, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os dados constam no Boletim Epidemiológico 43, que aponta, também, 294 casos em investigação e 878 descartados.
Dos 132 casos confirmados, são 107 em Maceió e 17 no interior. Porto Real do Colégio, Palmeira dos Índios, Satuba, Boca da Mata, União dos Palmares, Arapiraca, São Miguel dos Milagres e Viçosa têm um caso cada um, Marechal Deodoro tem cinco casos confirmados e Rio Largo quatro. As outras oito pessoas que testaram positivo para a Covid-19 em Alagoas moram em Pernambuco (1), Rio de Janeiro (2), Brasília (2) e São Paulo (3).
O Boletim Epidemiológico mostra que 27 pessoas que tiveram confirmação para covid-19 finalizaram o isolamento domiciliar e não apresentam mais sintomas da doença.
São dez mortes pela doença em Alagoas até este sábado (18), sete homens e três mulheres de Maceió (06), Marechal Deodoro (01), São Paulo (01), São Miguel dos Milagres (01) e Recife (01).
As três mortes registradas neste boletim foram confirmadas após a realização de exames feitos no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). As vítimas são de Recife, São Miguel dos Milagres e Maceió.
Recomendação consta no DOE e segue acompanhamento técnico do Ministério da Saúde e da Sociedade Alagoana de Infectologia
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) publicou, na edição desta quarta-feira (15), do Diário Oficial do Estado (DOE), a Portaria Nº. 3.264 com a recomendação de uso da cloroquina/hidroxicloroquina em pacientes extremamente graves que estão em tratamento após contaminação pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19.
A Portaria é assinada pelo secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, levando em consideração, precisamente, a recomendação da Sociedade Alagoana de Infectologia. “Esta é uma discussão que a Secretaria de Estado da Saúde está debatendo de forma técnica, junto à Sociedade Alagoana de Infectologia. Na terça-feira (15), a Sociedade baixou uma Recomendação pelo uso moderado da cloroquina em pacientes extremamente graves. A Sesau está seguindo este acompanhamento técnico”, explica o secretário.
Neste entendimento, a Portaria da Sesau considera que não há tratamento específico para a Covid-19, e que as evidências científicas apontam um impacto favorável na evolução da doença, quando da utilização de cloroquina/hidroxicloroquina em pacientes com Covid-19, nos quadros leves, moderados e graves.
No entanto, por ser uma droga cuja utilização no tratamento de Covid-19 ainda é objeto de estudos de eficácia e segurança, embora seja até o momento a medicação com melhores evidências para esta finalidade, a Sesau recomenda a assinatura do termo pelo paciente ou responsáveis legais, de consentimento livre e esclarecido.
Protocolo
O protocolo autorizado pelo Governo de Alagoas deverá ser adotado em todas as unidades de saúde que estão sob a gerência da Secretaria de Estado da Saúde, sendo apresentado o seguinte Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) para uso de hidroxicloroquina/cloroquina para Covid-19.
– Informar ao paciente em tratamento da Covid-19, em linguagem clara e objetiva pelo (a) médico (a), de que foi recomendado a Cloroquina ou Hidroxicloroquina associado à Azitromicina, por via oral ou por sonda gástrica/enteral, durante 5 dias.
– Ser informado em linguagem clara e objetiva pelo (a) médico(a) que de que Cloroquina e a hidroxicloroquina podem causar efeitos colaterais leves, moderados a alguns graves. Doses diárias altas (250 mg), resultando em doses cumulativas de mais de 1 g/Kg de cloroquinabase, podem resultar em retinopatia e ototoxicidade irreversíveis.
– Ser informado que o tratamento prolongado com altas doses também pode causar miopatia tóxica, cardiopatia e neuropatia periférica, visão borrada, diplopia, confusão, convulsões, erupções, alargamento do complexo QRS e anormalidade da onda T. Que em casos raros podem ocorrer hemólise e discrasias sanguíneas, como redução dos glóbulos brancos, disfunção do fígado, disfunção cardíaca e arritmias, e alterações visuais por danos na retina.
– O paciente ou o seu responsável legal deve compreender que não existe garantia de resultados positivos, mas que é a medicação com melhor evidência de eficácia no momento, porém que o medicamento proposto pode inclusive agravar minha condição clínica.
– Tanto o paciente quanto o seu responsável legal devem estar cientes de que o tratamento com Cloroquina ou Hidroxicloroquina pode causar os efeitos colaterais descritos acima, e outros menos graves ou menos frequentes, ao prolongamento da internação, à incapacidade temporária ou permanente, e até ao óbito.
– Também deve ser comunicado que independentemente do uso da Cloroquina ou Hidroxicloroquina, será mantido o tratamento padrão e comprovadamente benéfico que inclui medidas de suporte da respiração e oxigenação, ventilação mecânica, drogas para sustentar a pressão e fortalecer o coração, hemodiálise e antibióticos, entre outras terapias oferecidas a pacientes que estão criticamente doentes.
Após ter total conhecimento das condições de tratamento com o uso da cloroquina ou hidroxicloroquina, o paciente ou responsável legal assina o termo de consentimento livre e esclarecido.
Já o médico responsável também deve assinar um termo de declaração informando que explicou detalhadamente ao paciente ou aos seus responsáveis legais acerca do tratamento e seus efeitos colaterais. O termo também deixa claro que o paciente pode desistir do tratamento com cloroquina ou hidroxicloroquina.
Ainda na Portaria da Sesau consta que o Ministério da Saúde, em Nota Informativa Nº 5/2020-DAF/SCTIE/MS, apesar de considerar o medicamento como experimental, liberou a cloroquina para uso em pacientes muito graves e entubados, a critério da equipe médica.
Idosos e profissionais da saúde têm apenas mais três dias para serem imunizados
A I fase da Campanha de Vacinação contra a Influenza, que tem como público-alvo os idosos e os profissinais da saúde, termina na quarta-feira (15). Iniciada em 23 de março, nos 102 municípios alagoanos, a ação visa imunizar, no mínimo, 90% das pessoas que se enquadram nos dois grupos.
Conforme o Programa Nacional de Imunização (PNI), em Alagoas devem ser vacinados 74.278 profissionais de saúde e 280.517 idosos. Até as 11h53 desta segunda-feira (13), o Vacinômetro do Ministério da Saúde (MS) apontava que 79,07% (58.729) dos trabalhadores da saúde haviam sido imunizados; no caso das pessoas acima de 60 anos, o índice chegava a 96,58% (270.924).
Àqueles que ainda não se vacinaram, podem comparecer aos postos de vacinação municipais até às 17h da quarta-feira (15). Para isso, basta comparecer portando a Caderneta de Vacinação. No caso dos idosos acamados, os familiares ou cuidadores devem acionar a Secretaria de Saúde do município de origem, que enviará uma equipe volante até a residência.
Segunda fase – De acordo com o calendário vacinal, a partir da quinta-feira (16), começa a segunda fase da Campanha de Vacinação contra a Influenza, que tem coo público-alvo aos professores das escolas públicas e privadas. Também deverão ser vacinados os profissionais das forças de segurança pública, portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais,
A terceira e, última fase da Campanha de Vacinação contra a Influenza, acontece a partir de 9 de maio, contemplando crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes, puérperas, povos indígenas, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos, em cumprimento de medidas socioeducativas. A ação prossegue, também, para a população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional, adultos de 55 a 59 anos e pessoas com deficiência (auditiva, visual, múltipla, intelectual e mental).
Ascom Sesau
Entidade médica endossa medida recomendada por especialistas e autoridades da saúde adotadas pelo governo
Acatar a recomendação governamental para ficar em casa nunca foi tão importante quanto agora. A avaliação unânime entre pesquisadores e autoridades médicas e da área de saúde no combate ao novo coronavírus ganhou reforço da Sociedade de Medicina de Alagoas (SMA), a partir de nota emitida na última sexta-feira (10).
“A Sociedade de Medicina de Alagoas, entidade médica mais antiga do estado, fundada em 1917 e filiada a Associação Médica Brasileira (AMB), expressa, por meio desse comunicado, seu irrestrito apoio ao isolamento social como medida sanitária, imprescindível, para conter a epidemia”, diz o texto assinado pelo presidente da instituição, o médico Fernando Antônio Gomes de Andrade.
O endosso da instituição centenária à orientação se junta ao crivo dos especialistas. “É importante que a população não subestime o poder de disseminação do Covid-19. Devemos estar atentos ao fato de que a contaminação é muito fácil, podendo ocorrer, por exemplo, através de gotículas expelidas pela boca durante um espirro, tosse e mesmo a fala”, explica o prof. Dr. Daniel Gitaí, pesquisador do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
Na linha de frente da batalha contra a pandemia, o infectologista Fernando Maia integra o Grupo de Enfrentamento ao Covid-19 em Alagoas. Apesar de a maioria das pessoas já estarem cientes e informadas, ele salienta porque o confinamento é a melhor prevenção. “Porque evita as duas principais maneiras de contágio do vírus, que são a respiratória e o contato direto das mãos contaminadas com os olhos, nariz e boca”, reitera. “É por isso que a Organização Mundial de Saúde, o Ministério da Saúde e as secretarias de Saúde têm reforçado a importância do distanciamento social, com vistas a diminuir o pico da pandemia e ganhar tempo para o fortalecimento da assistência aos pacientes”.
A seu lado, a colega infectologista Luciana Pacheco, diretora médica do Hospital Helvio Auto, lembra a importância em seguir as recomendações de higiene pessoal e do ambiente onde moram e trabalham e, de modo claro e objetivo, sentencia: “Mantenham o isolamento social e evitem aglomerações!”.
Para o prof. Dr. Marcelo Duzzioni, responsável pelo Laboratório de Neurofarmacologia e Fisiologia Integrativa (LNFI) do ICBS/Ufal e integrante do grupo de pesquisadores que voluntariamente atuam no combate ao novo coronavírus, medidas sociais e de saúde pública são a melhor forma de prevenção e controle da doença.
“Cada cidadão deve fazer a sua parte pensando na coletividade. Além disso, precisamos que nossos governantes ouçam os diferentes segmentos da sociedade na tomada de decisão, mas especial atenção deve ser dada as evidências científicas vindas da Organização Mundial de Saúde e das diferentes entidades de Saúde”, considera.
Confira aqui a nota da entidade.
Valor é um adicional ao que já recebem para custeio de ações
O Ministério da Saúde liberou mais R$ 4 bilhões a estados e municípios para ações de combate à covid-19. O valor é um adicional ao que já recebem para custeio de ações e serviços relacionados à saúde e pode ser utilizado para compra de materiais e insumos, abrir novos leitos e custear profissionais.
A Portaria nº 774/2020 com a liberação foi publicada ontem (9) em edição extra do Diário Oficial da União. O valor corresponde a uma parcela mensal extra do que cada estado ou município já recebe para ações de média e alta complexidade ou atenção primária.
Em mensagem nas redes sociais, o ministro da Saúde, Henrique Mandetta, disse que os recursos já foram depositados nas contas dos fundos estaduais e municipais de saúde. “A gente acha que, com isso, eles [os gestores de saúde] podem adquirir os equipamentos de proteção individual (EPIs) que a gente começa a trazer da China. Está começando o mercado chinês a se organizar, estamos conseguindo trazer”, disse.
De acordo com o ministro, a primeira carga com 40 milhões de máscaras vinda da China, de uma compra de 240 milhões de máscaras, deve chegar ao país na terça-feira (14). O esforço da equipe do Ministério da Saúde é de trazer 40 milhões por semana. Um edital será aberto para que empresas interessadas em ofertar esses insumos possam se cadastrar.
“Com isso a gente pacifica o mercado brasileiro. E isso, doravante pacificado, a gente já repassa os recursos para que os estados e municípios comprem, a iniciativa privada já está comprando. O mercado está começando a se normalizar, o de EPIs”, explicou o ministro.
Já sobre os respiradores, Mandetta disse que ainda há dificuldade. Segundo ele, foi feito uma acordo com a indústria nacional para elevar de 800 para 15 mil a produção de respiradores mecânicos em 90 dias.
O ministro da Saúde reforçou a orientação da pasta para manter o isolamento social. De acordo com Mandetta, na próxima semana “vamos colher os frutos da difícil redução da mobilidade social”, determinada por estados e municípios nas últimas duas semanas. “Hoje eu vi que o pessoal começou a andar mais, vamos pagar esse preço ali na frente. Esse vírus adora aglomeração, adora contato, adora que as pessoas achem que ele é inofensivo. E aí, as cidades podem pegar a transmissão sustentada [ou comunitária]”, ressaltou.
Agência Brasil
Mais de 80 mil idosos se vacinaram na Capital
Para imunizar os idosos, público-alvo da primeira fase da campanha de vacinação contra a influenza, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) adotou diversas estratégias, com o intuito de atingir a esses usuários, mas também evitar aglomerações em unidades de saúde. As medidas fizeram com que 100% dos idosos fossem imunizados em Maceió antes do término da primeira fase da campanha.
Os dados são da Gerência de Imunização da SMS, divulgados nesta quinta-feira (09), e levam em consideração a estimativa populacional levantada pelo Ministério da Saúde (MS) junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam para Maceió uma população de idosos de 80.837.
“Esse público atendeu ao nosso chamado e foi às unidades de saúde, escolas e drive-thru, além da imunização na casa dos acamados. Todas essas estratégias adotadas auxiliaram para que o Município ultrapassasse a quantidade de usuários esperados em três semanas da campanha”, explica Eunice Amorim, gerente de Imunização.
Além dos idosos, trabalhadores da área da saúde também integram esta fase da campanha e mais de 75% já foram imunizados nos postos de vacinação ou em seus locais de trabalho.
A Campanha de vacinação tem o objetivo de imunizar contra três tipos graves de influenza, reduzindo os riscos de complicações e internações pela doença. “Nós ficamos muito satisfeitos com o empenho dos nossos profissionais, que se dedicaram em todas as estratégias pensadas pela Secretaria. Sem eles, não teríamos alcançado esses números. Além disso, o nosso idoso maceioense também percebe a importância de estar imunizado contra a influenza”, destaca o secretário José Thomaz Nonô.
Fases da Campanha
Voltada para caminhoneiros, motoristas de transporte público, portuários, profissionais das forças de segurança e salvamento e doentes crônicos, a segunda fase da campanha começa dia 16 de abril. Na etapa seguinte, que inicia dia 9 de maio, serão vacinados professores, crianças de seis meses a 5 anos, gestantes, puérperas, população indígena, adultos de 55 a 59 anos, população privada de liberdade e portadores de condições especiais. A intenção é imunizar, pelo menos, 90% de cada público-alvo.
Pessoas que apresentarem sintomas respiratórios ou febre não deverão comparecer para a vacinação enquanto houver a presença desses sintomas, podendo ser vacinadas após a melhora da condição.
Ascom SMS
Estrutura vai operar como urgência para síndromes gripais e receberá os pacientes que chegam ao HGE com esses sintomas
O hospital de campanha que está sendo montado no Ginásio do Sesi para enfrentamento ao novo coronavírus em Alagoas vai começar a funcionar na próxima semana como Unidade de Urgência para Síndromes Gripais.
O objetivo é direcionar para o equipamento todo o fluxo que chega ao Hospital Geral do Estado (HGE) com sintomas gripais, evitando, assim, que pessoas com suspeitas da doença possam transmitir o vírus para pacientes e profissionais de saúde da unidade, que recebe, diariamente, cerca de 150 pessoas com sintomas gripais.
O governador Renan Filho e o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, estiveram no local para acompanhar a montagem da estrutura na manhã desta quarta-feira (08).
“Esse hospital de campanha ajuda de duas maneiras: protege mais o HGE e os seus pacientes; além de agilizar os testes que serão feitos para verificar se as pessoas estão com a Covid ou com outras síndromes gripais. Se o paciente precisar ser encaminhado a uma unidade específica para tratamento da Covid-19, já sairá daqui regulado e com leito garantido”, explicou o governador.
O secretário de Estado da Saúde reforçou que na Unidade de Urgência para Síndromes Gripais do Sesi não haverá leitos para internação. Ali serão instalados consultórios e poltronas para nebulização. No local, atuarão 28 médicos em escala de 24 horas.
“O objetivo é promover uma triagem e dar a destinação correta dos pacientes, isolando quem precisa ser isolado de imediato, porque o isolamento precoce das pessoas com sintomas é o grande segredo para que a gente contenha o crescimento da curva de contágio do novo coronavírus”, explicou Ayres.
Isolamento
Durante a visita, Renan Filho reforçou a necessidade da manutenção do distanciamento social para achatamento da curva de contaminação da doença em Alagoas e, assim, garantir o tempo necessário à adequação da rede hospitalar para o combate ao vírus.
“O isolamento precisa melhorar e precisa melhorar por conscientização, não pelo aumento do número de mortes. É isso que estou pedindo ao cidadão: não vamos esperar que morram pessoas em Alagoas pra gente colaborar mais com o isolamento social. Isso precisa ocorrer por conscientização pessoal, pelo trabalho do Governo do Estado e por colaboração da imprensa. A gente tem feito isso, mas infelizmente muita gente só acredita vendo”, lamentou.
Também acompanharam a visita ao hospital de campanha, que está sendo montado no Ginásio do Sesi, o diretor do HGE, Paulo Teixeira; a supervisora médica deste hospital, Janaína Gouveia; e o secretário executivo de ações em Saúde, Marcos Ramalho.
Estado investiga 295 casos suspeitos e já tem 553 descartados; número de óbitos continua em dois
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa, nesta terça-feira (07/04), que Alagoas tem 34 casos confirmados da Covid-19, além de 295 em investigação e 553 descartados. Dois óbitos foram registrados até o momento. Os dados constam do Boletim Epidemiológico 32, emitido pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).
O primeiro óbito, confirmado no dia 31/03, era um homem de 64 anos. O segundo, cujo resultado foi divulgado na sexta-feira (03/04), tinha 78 anos. As duas vítimas residiam em Maceió.
Quanto aos casos confirmados, 28 residem no estado, sendo 24 em Maceió e quatro no interior, uma vez que Porto Real do Colégio tem um caso, Marechal Deodoro aparece com dois e Palmeira dos Índios surge com um caso. As outras seis pessoas que testaram positivo para a Covid-19 residem no Rio de Janeiro (2), em Brasília (2) e em São Paulo (2).
Dos 34 casos confirmados em Alagoas para a Covid-19, onze já finalizaram o isolamento domiciliar e não apresentam mais sintomas da doença.
Medida vale para instituições federais de ensino
O Ministério da Educação autorizou a formatura de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia, exclusivamente para atuação desses profissionais nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. A Portaria nº 374/2020 foi publicada hoje (6) no Diário Oficial da União.
A medida vale para instituições federais de ensino e tem caráter excepcional, enquanto durar a situação de emergência de saúde pública. Para antecipar a colação de grau, os alunos precisam ter cumprido 75% da carga horária prevista para o período de internato médico ou estágio supervisionado.
O internato médico é o período de dois anos de estágio curricular obrigatório para os estudantes de medicina. Já o estágio obrigatório supervisionado para os cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia equivalente a 20% da carga horária total do curso.
A seleção e alocação dos profissionais será articulada com os órgão de saúde municipais, estadusia e distritais.
De acordo com a portaria, a carga horária dedicada pelos profissionais no esforço de contenção da pandemia deverá ser computada pelas instituições de ensino para complementação das horas devidas de estágio obrigatório, para a obtenção do registro profissional definitivo. A atuação dos profissionais também será bonificada, uma única vez, com o acréscimo de 10% na nota final do processo de seleção pública para o ingresso nos programas de residência.
Na semana passada, o governo encaminhou ao Congresso a Medida Provisória (MP) nº 934/2020 que estabelece normas excepcionais sobre o ano letivo da educação básica e do ensino superior. Nela está previsto que instituições de educação superior poderão abreviar a duração desses cursos, desde que o aluno cumpra, no mínimo, 75% da carga horária do internato do curso de medicina ou do estágio curricular obrigatório dos cursos de enfermagem, farmácia e fisioterapia.
Inscrições em cursos a distância podem ser feitas na internet
O Ministério da Saúde vai capacitar profissionais da área de saúde nos protocolos clínicos oficiais de enfrentamento à pandemia de covid-19, por meio de cursos a distância. A Portaria nº 639/2020 que institui a ação estratégica O Brasil Conta Comigo – Profissionais da Saúde foi publicada na quinta-feira (2) no Diário Oficial da União.
O cadastramento é obrigatório e pode ser feito na internet. Após o preenchimento do formulário, o profissional receberá um link de acesso aos cursos de capacitação.
A medida do governo considera a necessidade de mobilização da força de trabalho em saúde para a atuação serviços ambulatoriais e hospitalares do Sistema Único de Saúde (SUS) para responder à situação de emergência em saúde causada pelo novo coronavírus.
Os conselhos nas áreas da saúde deverão enviar ao Ministério da Saúde os dados dos seus profissionais e, por sua vez, o ministério vai identificar e informar aos conselhos os respectivos profissionais que não preencheram o cadastro ou que não concluíram os cursos.
A ação abrange as áreas de serviço social, biologia, biomedicina, educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, medicina, medicina veterinária, nutrição, odontologia, psicologia e técnicos em radiologia.
Será criado, então, um cadastro geral de profissionais habilitados que poderá ser consultado por gestores federais, estaduais, distritais e municipais do SUS, em caso de necessidade, para orientar suas ações de enfrentamento à covid-19.
No dia 1º, o Ministério da Saúde também publicou edital para o cadastro de alunos dos cursos de medicina, enfermagem, farmácia e fisioterapia para atuar no enfrentamento ao novo coronavírus no país.
Secretário Alexandre Ayres, alerta: “o poder público estadual sozinho não vai vencer essa guerra; as pessoas precisam ter consciência”
A iminência de um pico de novos casos de coronavírus no Brasil, prevista para acontecer nos meses de abril e maio, segundo o Ministério da Saúde, reforça a necessidade de manter ainda mais rígido o isolamento social da população. O objetivo dessa estratégia se reflete no crescimento gradual, num ritmo mais lento, do número de pacientes contaminados por Covid-19, dando o tempo necessário para a rede hospitalar – pública e privada – ampliar seus leitos e tratar os doentes que já se encontram internados.
Nesta sexta-feira (03), durante coletiva on line, o secretário de Saúde, Alexandre Ayres voltou a alertar a população para o cumprimento do isolamento social para evitar que haja uma explosão de contágio do vírus em Alagoas e disse que não estão descartadas medidas ainda mais rígidas para combater a doença.
“O poder público estadual não vai vencer essa guerra sozinho. A doença não escolhe rico ou pobre, raça ou sexo. Precisamos ter essa consciência que se não tivermos um isolamento social participativo não vai ter leito de UTI pra todo mundo, nem na rede pública, nem na rede privada. As pessoas que estão levando na brincadeira, que estão pedindo o retorno das atividades, para voltar ao trabalho, reflitam um pouco e pensem que elas podem ser as próximas vítimas”, argumentou.
Médicos que estão na linha de frente da pandemia em Alagoas também reforçam o alerta do secretário de reforço no isolamento social. A médica Marília Magalhães, do Hospital Helvio Auto, observa que o momento é crucial.
“Espera-se um pico de casos entre os dias 6 e 20 de abril, então, esse momento de isolamento é fundamental. Isto porque o isolamento social serve como meio de diminuir a propagação do coronavírus, além de promover tempo aos serviços de saúde para que eles se organizem e se adequem para lidar com a situação”, destaca. “Assim a gente consegue diminuir a pressão sobre os sistemas de saúde. Se todos adoecerem ao mesmo tempo, não haverá espaço físico, material e pessoas para garantir atendimento eficaz e de qualidade, seja o serviço público ou privado, aqui no Brasil ou lá fora”, completa a médica.
A profissional avalia como “um erro epidemiológico” liberar o funcionamento de empresas devido ao risco de contaminação entre as pessoas. “Isso porque como não testamos todo mundo, não temos como saber quem está contaminado ou não. Talvez o sistema pegue e leve dos restaurantes conseguisse funcionar com uma rotina de higiene de mãos e ambiente próxima do perfeito, mas como garantir que os funcionários não irão ficar ‘aglomerados’? São Paulo, por exemplo, permanece fechado, assim como EUA e a Europa”, diz.
O médico Diogo Borba, que é especialista em Saúde Pública e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai na mesma linha de raciocínio: o isolamento social é a única forma de diminuir a progressão do contágio pelo Covid-19. “É importantíssimo o empresário ajustar o funcionamento do serviço baseado nesse conceito. Diminuição do número de funcionários, distância mínima entre as pessoas, de 1 a 2 metros pelo menos, e ausência de filas no atendimento”, recomenda.
Segunda vítima da doença no Estado era do sexo masculino e tinha 78 anos
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que Alagoas tem 23 casos confirmados e dois óbitos por Covid-19 nesta sexta-feira (03). Os dados constam do Boletim Epidemiológico 28, emitido pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).
Segundo a Sesau, dos casos confirmados em Alagoas, 19 residem no Estado, 17 em Maceió e dois no interior (Porto Real do Colégio e Marechal Deodoro). As outras quatro pessoas que testaram positivo para a Covid-19 residem no Rio de Janeiro (2) e em Brasília (2).
A segunda morte por coronavírus em Alagoas foi de um homem de 78 anos. A confirmação da causa foi feita hoje após exames realizados no Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL). A primeira vítima da doença no Estado também era do sexo masculino e tinha 64 anos.
São 315 casos em investigação e e 364 investigados.
Segundo a Sesau, dos 23 casos confirmados em Alagoas para a Covid-19, nove já finalizaram o isolamento domiciliar e não apresentam mais sintomas da doença. O Boletim Epidemiológico aponta ainda que quatro pessoas com exames positivos continuam hospitalizadas, três receberam alta médica e cinco estão em isolamento domiciliar.
Não deixe que o coronavírus quebre essa corrente do bem. Mas atenção, se estiver com sintomas de gripe, fique em casa
Diante da necessidade de manter os estoques e a rede abastecida de sangue, o Ministério da Saúde orienta à população que as doações de sangue devem continuar acontecendo neste momento em que o país registra casos e óbitos por coronavírus. Pessoas com anemias crônicas, acidentes que causam hemorragias, complicações decorrentes da dengue, febre amarela, tratamento de câncer e outras doenças graves, continuam ocorrendo. Ou seja, o consumo de sangue é diário e contínuo.
A doação de sangue é segura, não havendo riscos para quem doa. Para receber os doadores, os cerca de 32 hemocentros no país, além de aproximadamente 500 serviços de hemoterapia – onde também são feitas coletas e uso do sangue -, estão preparados. Todas esses serviços estão disponibilizando condições de lavagem de mãos, uso de antissépticos e acolhimento que minimizem a exposição a aglomerado de pessoas. Cuidados com a higienização das áreas, instrumentos e superfícies também têm sido intensificados pelos hemocentros.
“Estamos incentivando o doador de sangue a sair de casa para realizar esse ato heroico, porque as cidades e transportes estão mais vazios, tornando o acesso aos pontos de coleta de sangue mais seguro e confortável. A população brasileira é reconhecida por sua postura solidária e certamente dará mais este bom exemplo ao mundo”, destaca o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Rodolfo Duarte Firmino.
É importante lembrar que não há um substituto para o sangue e a disponibilidade é essencial em diversas situações e em muitos casos determinante para o sucesso de um tratamento.
MONITORAMENTO
O Ministério da Saúde está monitorando diariamente os estoques de sangues nos hemocentros dos estados. Cada unidade da federação tem informado continuamente a quantidade de bolsas de sangue existentes na rede. A grande preocupação é com a necessidade mais imediata que são justamente dos estados com maior população e, portanto, com maior consumo de bolsas de sangue.
Mesmo que nenhum estado tenha relatado falta de sangue até o momento, o estado de Santa Catarina, por exemplo, tem dependido de ajudas de outras unidades da federação para tratamento de casos de febre amarela em humanos.
AÇÃO COM FACEBOOK
Para tentar contornar a crise de abastecimento nos estoques de sangue, a partir desta semana, todos os Hemocentros Coordenadores do Brasil (aqueles que abastecem a rede pública de saúde), passarão a contar com a ferramenta de doações de sangue do Facebook. Usando a ferramenta, os Hemocentros conseguem notificar pessoas próximas que sejam cadastradas como doadoras de sangue no Facebook – hoje, já são cerca de 10 milhões de doadores cadastrados no país.
O objetivo desse trabalho conjunto do Ministério da Saúde com o Facebook é colaborar para a manutenção estável dos estoques de sangue nos bancos, que é um dos maiores desafios neste momento, segundo a Coordenação de Sangue e Hemoderivados do Ministério.
“O que a ferramenta faz é dar aos Hemocentros a possibilidade de recrutar voluntários para doação de forma simplificada e constante, de acordo com a necessidade específica de cada um deles. Nossa intenção é ajudar para que, de um lado, as pessoas sintam-se seguras para doar sangue, e, de outro, os bancos consigam se conectar a doadores próximos e manter seus estoques estáveis,” explica Renata Gimenez, gerente de Parcerias para Impacto Social do Facebook.
Para cadastrar-se como doador de sangue no Facebook, basta acessar o endereço facebook.com/doesangue.
Usando seu dispositivo móvel também é possível acessar o menu do Facebook e então clicar em “Doações de Sangue”.
QUEM PODE DOAR SANGUE
No Brasil, pessoas entre 16 e 69 anos podem doar sangue. Para os menores de 18 anos é necessário o consentimento dos responsáveis e, entre 60 e 69 anos, a pessoa só poderá doar se já o tiver feito antes dos 60 anos.
Além disso, é preciso pesar, no mínimo, 50 quilos e estar em bom estado de saúde. O candidato deve estar descansado, não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação e não estar de jejum. No dia, é imprescindível levar documento de identidade com foto.
Em relação à Covid-19, são considerados doadores inaptos para a doação de sangue por um período de 30 dias aqueles que apresentarem sintomas respiratórios e febre ou se tiverem tido contato, há menos de 30 dias, com casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.
Quem doa sangue, doa uma nova oportunidade de vida. Procure o hemocentro mais próximo e seja um doador regular independente de quem estiver precisando. Uma doação pode salvar até quatro vidas.
Por Bruno Cassiano, da Agência Saúde
Assinatura da ordem bancária, em torno de R$ 700 mil, aconteceu nesta sexta-feira (27)
O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, assinou, nesta sexta-feira (27), a ordem bancária autorizando os pagamentos às empresas de revenda de produtos hospitalares – Casa do Médico, Comac, Kamed, DEA Farma e APL Cárdio – que passaram pelos procedimentos de requisição administrativa adotados pelo Governo de Alagoas para contribuir com o enfrentamento ao novo coronavírus.
Esta semana, o secretário da Saúde se reuniu com os empresários para anunciar o calendário do repasse legal dos recursos. “Os empresários entenderam o quanto a requisição dos produtos hospitalares foi importante para o fortalecimento da rede hospitalar, que faz parte das medidas tomadas pelo Governo de Alagoas no combate à Covid19. Quando estive em reunião com os empresários, garanti que a Secretaria de Estado da Saúde iria autorizar, ainda esta semana, o pagamento. Hoje, cumprimos o que anunciamos aos empresários”, informou Alexandre Ayres.
O valor pago às empresas gira em torno de R$ 700 mil e foi autorizado pelo secretário em parcela única. “O Governo está atuando de maneira contínua para garantir as melhores condições de trabalho aos nossos profissionais de saúde, que estão engajados neste enfrentamento ao novo coronavírus, com os devidos Equipamentos de Proteção Individual [EPIs], equipando e fortalecendo novos leitos de UTI [Unidades de Tratamento Intensivo] para alocar a população alagoana que esteja infectada com a Covid-19”, voltou a destacar o secretário.
Na lista de materiais requisitados pela Sesau estão máscaras cirúrgicas, luvas cirúrgicas, aventais cirúrgicos, lâminas para laringoscópio, eletrodos, estetoscópios, oxímetro de pulso, aparelhos de pressão, aventais cirúrgicos, lanternas clínicas, óculos para proteção individual, ressuscitador manual, umidificador, fluxômetro de oxigênio e ar comprimido, carro maca esmaltado, camas elétricas, mesas e mesas auxiliares, eletrocardiógrafos, aparelhos para pressão, entre outros.
Hoje foi o dia com maior número de casos novos de contaminação
Em nova atualização do Ministério da Saúde, o número de mortes chegou a 92, contra 77 registradas ontem(26). O resultado significa um aumento de 18% em relação a ontem. Em comparação com o início da semana, quando eram 25 óbitos, o número multiplicou por 3,68 vezes.
A taxa de letalidade chegou ao máximo da semana, ficando em 2,7%.
O total de casos confirmados saiu de 2.915 para 3.417 hoje(27). O resultado de hoje marcou um aumento de 80% nos casos em relação ao início da semana, quando foram contabilizadas 1.891 pessoas infectadas.
O número de casos novos foi de 502, atingindo o número mais alto da série histórica. Ontem, o acréscimo foi de 482. Nos dias anteriores, o aumento havia sido menor, ficando na casa entre 232 e 345 casos.
São Paulo acumula 1.233 casos. O estado, epicentro da epidemia no país, é seguido por Rio de Janeiro (493), Ceará (282), Distrito Federal (230), Rio Grande do Sul (195) e Minas Gerais (189).
Também registram casos Santa Catarina (149), Paraná (119), Bahia (115), Amazonas (89), Pernambuco (56), Goiás (49), Espírito Santo (47), Rio Grande do Norte (28), Mato Grosso do Sul (28), Acre (25), Sergipe (16), Maranhão (13), Pará (13), Alagoas (11), Mato Grosso (11), Roraima (10), Paraíba (nove), Piauí (nove), Tocantins (oito), Rondônia (seis) e Amapá (dois).
Governador e secretário da Saúde visitaram Hospital Veredas, onde estão sendo instaladas 20 das 105 Unidades de Terapia Intensiva
O governador Renan Filho e o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, visitaram, na tarde deste sábado (21), o Hospital Veredas, antigo Hospital do Açúcar, em Maceió. Eles inspecionaram os 20 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) que estão em fase final de instalação para o tratamento de casos graves de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. No total, serão 105 novos leitos de UTI, distribuídos pelas redes de assistência hospitalar pública, filantrópica e privada.
“Nós teremos, até o dia 30 deste mês, 105 novos leitos já montados para atenderem os nossos pacientes em caso de necessidade. Além disso, vamos oferecer leitos em outras unidades da capital e também no interior”, informou Renan Filho. Até o momento, Alagoas não registra nenhum caso grave da Covid-
Para a aquisição de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) aos profissionais da saúde e a contratação dos 105 novos leitos de UTI, o Governo do Estado destinou R$ 20 milhões em recursos extraorçamentários do Tesouro Estadual.
Alexandre Ayres recordou que o Governo de Alagoas já tomou medidas restritivas para impedir aglomerações e evitar a propagação do coronavírus. Ele garantiu que o Estado está preparado para atender os pacientes graves da Covid-19.
“Esses 20 leitos de UTI aqui do Hospital Veredas ficarão exclusivos para pacientes do coronavírus. Nós temos mais 80 leitos iguais a esses que estarão destinados em várias regiões de Alagoas. Vamos seguir cuidando da nossa saúde, acompanhando essa pandemia e protegendo o nosso cidadão com estrutura hospitalar”, declarou Ayres.
Decreto intensifica ações para a contenção e o enfrentamento ao novo coronavírus em Alagoas
O decreto de situação de emergência (n° 69.541), que intensifica as ações para a contenção e o enfrentamento ao novo coronavírus em Alagoas, colocou em vigor uma série de medidas de restrição à circulação das pessoas para evitar aglomerações e, assim, reduzir a velocidade de propagação da Covid-19 no estado de Alagoas.
As medidas estabelecem ainda o fechamento, por 10 dias, de vários estabelecimentos e a suspensão da prestação de serviços não essenciais à população.
Confira abaixo as principais medidas adotadas pelo governo do Estado:
Medida é essencial para retardar a velocidade de contágio da Covid-19
A ameaça de surto epidêmico pelo novo coronavírus exige a participação de todos. Em entrevista concedida nessa quinta-feira (19) às TVs locais, o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, fez um apelo ao povo alagoano: “Gostaria de ressaltar a necessidade de evitarmos as aglomerações e diminuirmos a circulação de pessoas. A população precisa cumprir as determinações dos decretos governamentais para mantermos números baixos de contaminação”.
A medida é essencial para retardar a evolução do contágio da Covid-19. Em Alagoas, o Governo do Estado publicou dois decretos no início da semana com uma série de disposições administrativas e de contingência social. A palavra de ordem é: evitar aglomerações.
As providências oficiais contemplam, entre outras ações, a suspensão de eventos públicos, das aulas da rede de ensino estadual a partir da próxima segunda-feira (23), e o fechamento de entidades e do atendimento ao público nas repartições da administração governamental pelo prazo inicial de 15 dias.
Alagoas apresenta agora quatro casos confirmados oficialmente. Para São Paulo, que registra 221 casos de contaminação, a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou a diminuição em 60% na circulação de pessoas nas ruas.
“Estamos vendo o que está acontecendo em outros países e até em estados brasileiros. Há a necessidade de a população entender o momento crítico e diminuir a circulação e as aglomerações desnecessárias”, reforçou Ayres.
O gestor alerta para a possibilidade de outras medidas restritivas em caso de descumprimento das determinações governamentais. “A colaboração da população é essencial. Caso isso não aconteça, há o risco de emitirmos novos decretos com mais restrições e isso vai atrapalhar bastante o convívio diário das pessoas em Alagoas”, apontou.
O secretário de Saúde lembrou outro aspecto vital no combate à epidemia: a higienização pessoal. “A população deve permanecer se higienizando”, reiterou. “Não adianta ficar procurando álcool em gel. O que a gente precisa é realizar a higienização pessoal que aprendeu desde criança, com água e sabão. É uma forma até mais eficaz que o álcool em gel”, orientou.
Confira as medidas determinadas pelo governador Renan Filho para evitar aglomerações e restringir a circulação para o combate ao novo coronavírus:
NOTA INFORMATIVA – SESAU
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que não procede a informação de que disponibiliza contatos do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) para notificação de casos suspeitos e informações relativas ao novo coronavírus (Covid-19).
Em caso de sintomas da doença, o paciente deve procurar um serviço de saúde próximo à sua residência, seja público e privado para a realização dos exames, seguindo todos os protocolos determinados pelo Ministério da Saúde.
Critério foi estabelecido pela Anvisa e Hemocentro de Alagoas segue a determinação
Os voluntários que vierem a contrair o Coronavírus ficarão impedidos de doar sangue por três meses, após serem curados da doença, cujo primeiro óbito no Brasil foi confirmado nesta terça-feira (17). O novo critério para triagem já foi incorporado pelo Hemocentro de Alagoas (Hemoal), visando a segurança do paciente que necessitar de transfusão de sangue.
O impedimento momentâneo foi determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS), que adotou a medida como precaução, uma vez que não está comprovado que o Coronavírus é transmitido pelo sangue. Ainda segundo a determinação do órgão ministerial, ficam inaptas para doar sangue, por 30 dias, as pessoas que tenham se deslocado ou que sejam procedentes de regiões com casos locais confirmados da doença.
Também ficam impedidas de doar sangue, pelo período de um mês, as pessoas que tenham mantido contato, nos últimos 30 dias, com um caso suspeito ou indivíduo diagnosticado com Coronavírus. O prazo começa a ser contado após o último contato com a pessoa infectada, conforme especificação da Anvisa.
Arboviroses – Essas medidas foram adotadas anteriormente para os casos de pessoas que tiveram dengue e chikungunya, cujo impedimento para doar sangue é de 30 dias após a cura de cada uma das doenças. Quanto à Zyka, o voluntário fica impossibilitado de praticar o gesto solidário pelo prazo de 120 dias, contados após se restabelecer da doença.
Além destes critérios, o Ministério da Saúde determina que ficam impedidos de doar sangue, permanentemente, os voluntários que tenham contraído doença de Chagas, Aids, sífilis e, após os 11 anos, hepatite. Gestantes e lactentes também não podem se candidatar à doação de sangue durante este período.
“Esses critérios integram a Política de Segurança do Sangue estabelecida pela Anvisa. Com isso, fica resguardada a saúde do paciente que vier a precisar de uma transfusão de sangue, seja em uma cirurgia eletiva ou no tratamento de uma doença hematológica”, ressalta a hematologista e gerente do Hemoal, Verônica Guedes.
LEGENDAS:
FOTO 1 – Novos critérios para doação de sangue foram estabelecidas pela Anvisa_FOTO_Carla Cleto
FOTO 2 – Pacientes com coronavírus ficam impedidas de doar sangue por 90 dias_FOTO_Carla Cleto
Decreto declara emergência em saúde pública, suspende viagens de servidores e eventos com público superior a 250 pessoas
A Prefeitura de Maceió determinou várias medidas de prevenção à pandemia do coronavírus (covid-19) com o objetivo de evitar a disseminação da doença na cidade. Por meio de decreto, as recomendações serão publicadas no Diário Oficial do Município desta terça-feira (17). As medidas incluem declaração de emergência em saúde pública, suspensão de eventos públicos para 250 pessoas ou mais e de viagens de trabalho durante a pandemia. O decreto estabelece regime de teletrabalho e criação do Gabinete de Crise, entre outras determinações, em conformidade com orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Ministério da Saúde e do Governo de Alagoas.
A iniciativa da Prefeitura de Maceió leva em consideração a declaração de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional pela Organização Mundial da Saúde, de 30 de janeiro de 2020, em decorrência da infecção humana pelo novo coronavírus e as recomendações expedidas pelo Ministério da Saúde em 13 de março de 2020. Além disso, nesta segunda-feira (16), representantes de órgãos municipais estiveram reunidos com o Governo do Estado para discutir medidas de prevenção.
“Fica declarada emergência em saúde pública no Município de Maceió, decorrente da pandemia de coronavírus (COVID-19), tendo em vista a necessidade do emprego urgente de medidas de prevenção, controle e contenção de riscos, danos e agravos à saúde pública”, informa o documento. O decreto informa que as medidas “visam a proteção da coletividade e deverão garantir o pleno respeito à integridade e à dignidade das pessoas, famílias e comunidade”.
Serviço público
Os órgãos da Administração Pública deverão implementar regime de plantão e rodízio de servidores, conforme o sistema de atendimento de cada órgão, de forma a equilibrar a restrição de convívio social com o atendimento ao público externo. A decisão assegura a presença diária de servidores, em número mínimo, para não comprometer os serviços públicos essenciais. Os servidores que não estiverem fisicamente nos órgãos desenvolverão suas atividades em regime de teletrabalho.
Eventos
A partir de quarta-feira (18), estão suspensos todos os eventos públicos agendados pelos órgãos ou entidades municipais. A Prefeitura também vai vedar as concessões de licenças e alvarás para a realização de eventos privados com público mínimo 250 pessoas ou superior. Os eventos já programados terão as licenças suspensas. A medida também vale para estabelecimentos comerciais já licenciados, o que os impede de realizar tais eventos, sob pena de cassação do alvará de licença e funcionamento.
Viagens
O Município suspendeu as viagens de servidores municipais a serviço do Município de Maceió, com destino em território nacional ou no exterior. Além disso, a Prefeitura recomenda aos servidores com viagem marcada que adiem os períodos de deslocamento até o controle da pandemia. Os órgãos municipais também são orientados a suspender e restringir o acesso de serviços a eventos com aglomerações.
Os servidores que tenham regressado de viagens ficam submetidos, obrigatoriamente, a regime de teletrabalho temporário, pelo prazo de 14 dias, contados do efetivo retorno a Maceió. A determinação inclui servidores que tenham mantido contato próximo com pessoas diagnosticadas ou suspeitas de terem contraído a COVID-19.
Gabinete de Crise
Com o decreto, fica criado o Gabinete de Crise para adoção de medidas de enfrentamento da pandemia da covid-19, composto por servidores indicados pelos órgãos: Gabinete do Prefeito do Município de Maceió, Procuradoria-Geral do Município, Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Assistência Social, Secretaria Municipal de Comunicação, Secretaria Municipal de Segurança Comunitária e Convívio Social e Gabinete de Governança.
Medidas complementares serão divulgadas nos próximos dias pelo Gabinete de Crise.
Secom Maceió
Trata-se do primeiro óbito no país relacionado ao novo coronavírus
A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou hoje (17) a primeira morte no país em decorrência do novo coronavírus. A pasta, entretanto, não dá detalhes sobre sexo, nem idade da vítima, se ela viajou para o exterior ou se teve contato com alguém contaminado no Brasil. Segundo a Secretaria, essas informações serão detalhadas ao longo do dia pelo governador João Doria.
De acordo com a Secretária Estadual de Saúde, até ontem (16) o estado de São Paulo tinha 152 casos confirmados de Covid-19. Os casos suspeitos somam 1.777. Em todo o Brasil são 234 casos confirmados, de acordo com o boletim mais recente do Ministério da Saúde, desta segunda-feira.
Situação no estado e no município
A prefeitura do município de São Paulo decretou, na manhã desta terça-feira, situação de emergência na cidade em função da pandemia.
Já o governo do estado cancelou eventos públicos culturais e esportivos em locais abertos e fechados e está recomendando que eventos privados também sejam cancelados. Entre as medidas para intensificar o enfrentamento ao Covid-19, anunciadas pelo governo, a partir de hoje, todos os funcionários públicos estaduais de São Paulo com mais de 60 anos, excetuando os que trabalham nas áreas de segurança pública e saúde, deverão trabalhar de casa. Já os 153 Centros de Convivência do Idoso ficarão todos fechados por 60 dias.
Casos suspeitos de infecção chegam a 1.496 em todo o país
O Ministério da Saúde informou neste sábado (14) que subiu de 98 para 121 o número de casos confirmados de Covid-19 no Brasil. De acordo com os dados atualizados na tarde de hoje, 1.496 pessoas são monitoradas por suspeitas de estarem infectadas pelo novo coronavírus.
Os casos confirmados no Brasil estão divididos em 13 estados: São Paulo tem 65 registros; o Rio de Janeiro, 22; o Paraná, 6; o Rio Grande do Sul, 6; o Distrito Federal, 6; Santa Catarina, 4; Goiás, 3; Pernambuco, 2; a Bahia, 2; Minas Gerais, 2; o Rio Grande do Norte, 1; Alagoas, 1; e Espírito Santo, 1. Entre os casos suspeitos, apenas os estados do Amapá e de Roraima ainda não têm registro.
Os estados de São Paulo e do Rio de Janeiro já registraram casos de transmissão comunitária de coronavírus. Esse tipo de transmissão ocorre quando as equipes de vigilância não conseguem mais mapear a cadeia de infecção, não sabendo quem foi o primeiro paciente responsável pela contaminação dos demais. A maioria, entretanto, ainda é de casos importados (pessoas contaminadas no exterior) e de transmissão local (por meio de contato com pessoas de casos importados).
Na última quarta-feira (11), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou pandemia de coronavírus. O termo é usado quando uma epidemia – grande surto que afeta uma região – se espalha por diferentes continentes com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.
Atualmente, há mais de 135 países com casos confirmados da infecção.