HGE é o principal destino de pacientes que precisam de tratamento imediato contra o AVC

Unidade de AVC fará 10 anos oferecendo cuidados multidisciplinares qualificados aos alagoanos

A Unidade de AVC do HGE está integrada ao Programa AVC dá Sinais e conta com 20 leitos disponíveis para tratamento dos alagoanos. Foto: Beatriz Castro / Ascom HGE

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacitação e internações em todo o mundo, segundo o Ministério da Saúde. Para combater esse mal, o Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), lançou o Programa AVC dá Sinais, que usa a telemedicina para agilizar o diagnóstico e a transferência para unidades habilitadas, como o Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, maior referência pública no tratamento de pacientes acometidos pela doença, conhecida popularmente como derrame.

O serviço, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana, conta com 20 leitos e já beneficiou milhares de alagoanos desde agosto de 2021. Principal destino para os casos de urgência e emergência de média e alta complexidade, o HGE conta com uma unidade de AVC, que é exclusiva para o tratamento da doença e que está em atividade desde 21 de julho de 2015, sendo a pioneira entre os hospitais públicos, filantrópicos e privados alagoanos.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destaca que o AVC dá Sinais é um marco na saúde pública de Alagoas. “Por meio do programa, conseguimos agilizar o diagnóstico e o tratamento da doença, evitando assim sequelas e mortes entre os alagoanos acometidos por este mal, que atinge mais as mulheres”, frisou o gestor da Sesau.

Foto: Beatriz Castro / Ascom HGE

Eficiência no Tratamento

O fisiatra da Unidade de AVC do HGE, Alexandre Otilio, ressaltou que o paciente José Emerêncio Irmão apresentou hemiparesia (perda de força do lado direito do corpo) no lado direito associado com disartria (dificuldade na articulação das palavras). Para entender o que estava acontecendo, a equipe médica solicitou exames laboratoriais, tomografia computadorizada, angiotomografia de crânio, ecocardiograma e eletrocardiograma. Com esses resultados, os especialistas conseguiram definir a melhor conduta para tratar o AVC do tipo isquêmico, sem rompimento do vaso cerebral.

“Ao investigarmos a procedência desse AVC, nós descobrimos que ele tinha uma etiologia da doença aterosclerótica, uma doença inflamatória crônica causada pelo acúmulo de gordura e outros materiais nas paredes das artérias, formando placas que podem estreitar ou bloquear o fluxo sanguíneo. Ele tinha um entupimento da artéria, que é a principal que leva sangue para o encéfalo. A hipertensão arterial não tratada é o principal fator de risco que causa AVC, e o tabagismo está diretamente associado com a aterosclerose”, complementou o especialista.

Ainda de acordo com o especialista do HGE, após o uso da medicação indicada para dissolver as placas, a reabilitação precoce é iniciada já na Unidade de AVC com a participação da Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia. Neste caso, também foi instituída a terapia de profilaxia secundária, que visa reduzir o risco de um novo AVC, utilizando uma combinação de medicamentos indicados ao controle dos fatores de risco, como hipertensão, diabetes, dislipidemia e fibrilação atrial.

“Na ocorrência de fraqueza repentina, dormência ou paralisia em um lado do corpo, dificuldade para falar ou compreender a fala, perda ou turvação da visão, dor de cabeça intensa e repentina, tontura, perda de equilíbrio e confusão mental, é crucial a busca pelo atendimento médico na unidade de saúde mais próxima. O AVC requer o tratamento imediato para minimizar os danos cerebrais que poderiam levar a sequelas permanentes e óbito”, alertou o médico do HGE.

Agência Alagoas