MEC anuncia Política Nacional de Alfabetização para reverter estagnação na aprendizagem

Com o objetivo de combater a estagnação dos baixos índices registrados pela Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), o Ministério da Educação lançou, nesta quarta-feira, 25, a Política Nacional de Alfabetização.

Trata-se de um conjunto de iniciativas que envolvem a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação de professores, o protagonismo das redes e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Também será criado o Programa Mais Alfabetização, que deve atender, a partir de 2018, 4,6 milhões de alunos com a presença de assistentes de alfabetização, que trabalharão em conjunto com os professores em sala de aula. A expectativa é contar com 200 mil turmas em todos os municípios brasileiros, entre o primeiro e o segundo ano do ensino fundamental. O investimento será de R$ 523 milhões em 2018.

“A principal iniciativa da Política Nacional de Alfabetização é um programa de apoio aos estados e municípios, às turmas do primeiro e segundo anos, com materiais didáticos de apoio, de acordo com a escolha dos estados e municípios, com apoio para o professor assistente e formação continuada”, explicou a ministra substituta do MEC, Maria Helena Guimarães.

A ministra substituta lembrou ainda que essa política e o Programa Mais Alfabetização vão dialogar com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e a Política Nacional de Professores. “O apoio virá tanto no mestrado profissional para os professores que atuam no primeiro e segundo anos do ensino fundamental, como a residência pedagógica para os futuros professores, com 80 mil vagas a partir do próximo ano e ênfase na alfabetização”, completou Maria Helena, reforçando que, só na Política de Formação de Professores, o investimento é de cerca de R$ 2 bilhões.

Para a presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Maria Inês Fini, todas essas medidas vão privilegiar o processo de alfabetização. “Eu acredito muito no professor brasileiro. O que ele precisa é ser apoiado e essas políticas lançadas são capazes de reverter esse quadro”, analisou.

Assessoria de Comunicação Social MEC

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Seduc afasta gestores e decreta intervenção na Escola Professor Pedro Reys, em Igreja Nova

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) afastou os atuais gestores da Escola Professor Pedro Reys, e decretou a intervenção da Unidade de Ensino por 90 dias, conforme portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) desta segunda-feira (23).

De acordo com a Portaria 3.693/2017, a intervenção foi motivada pelo processo administrativo nº 1800 010546/2017 que relata, através de parecer técnico, relatórios, atas e denúncias da comunidade escolar acerca da situação da escola, localizada em Igreja Nova, no Baixo São Francisco Alagoano.

Foram afastados os professores Antonio Pereira e Odete Maria de Souza Ferreira, que serão transferidos provisoriamente pela 9ª Gerência Regional de Educação para outras escolas com carência de professores na disciplina para qual são habilitados, durante o período da intervenção.

A portaria assinada pelo secretário de Educação, José Luciano Barbosa, determina que a professora Railde Santos Gonçalves seja nomeada como interventora, para que proceda a averiguação dos fatos ocorridos na unidade de ensino durante o período de intervenção.

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Ler e escrever com os educadores do MST: Sim, eu posso!

Jovens educadores e educadoras vindos de diversas regiões do Brasil, levantam a bandeira da luta contra o analfabetismo no Sertão de Alagoas, onde responsabilizam-se com a tarefa de alfabetizar jovens e adultos na região, com salas de aula nas periferias, comunidades e povoados rurais, além das áreas de acampamento e assentamento da Reforma Agrária nos municípios de Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado e Piranhas.

Inspirados pela mística do valor da solidariedade, os educadores e educadoras, juntos com a militância do MST, dos movimentos populares, amigos e amigas do movimento na região, lançaram na última segunda-feira (18) a campanha de alfabetização “Sim, eu posso!”. O ato político de lançamento aconteceu no auditório do Instituto Federal de Alagoas, na cidade de Piranhas, pautando a importância da realização do grande mutirão de alfabetização nos municípios.

“Essa não é apenas uma campanha do MST, queremos que nossa jornada de alfabetização seja abraçada por toda a sociedade que não está conformada em termos, nos dias de hoje, milhares de pessoas analfabetas”, disse José Roberto, da direção nacional do MST.

O dirigente reforçou os dados alarmantes da situação do analfabetismo na região, além de destacar o papel que a campanha cumpre no atual momento político que vive o Brasil.

“Somente nos três municípios que os educadores e educadoras vão atuar, são cerca de 14 mil pessoas não alfabetizadas. Isso nos mostra uma realidade que devemos combater todos os dias, homens e mulheres que tiveram o direito à educação negado”.

“Estamos vivendo um momento que exige de nós muita resistência, mas que também precisa ser entendido como momento de apontar possibilidades de avanço, especialmente a partir da organização do povo”, disse.

“Estamos há 30 anos em Alagoas com a organização dos trabalhadores rurais Sem Terra e podemos olhar para nossa história e ter orgulho das inúmeras conquistas ao longo desse tempo. É nesse sentido que queremos chegar no final das aulas e poder comemorar a conquista coletiva dos sertanejos e sertanejas que aprendem a ler e escrever com essa iniciativa.”

Nos três municípios sertanejos, o MST formou 68 turmas de jovens e adultos que vão receber os jovens educadores nas comunidades, que atuam na jornada até o final do ano utilizando o método cubano de alfabetização “Sim, eu posso!”.

Davi de Lacerda, do Levante Popular da Juventude, reforçou no ato de lançamento a importância da vinda da brigada de alfabetizadores do MST ao Sertão de Alagoas. “Essa iniciativa reforça o compromisso e a responsabilidade do Movimento Sem Terra com o conjunto da sociedade. A solidariedade traduzida nessa campanha deve nos inspirar, assim como inspirou diversos países que acabaram com o analfabetismo em seu território a partir da utilização do método vindo de Cuba”.

Brigada de Alfabetização Nise da Silveira

Arleane Oliveira, veio da região do Extremo Sul do estado da Bahia, onde vive no assentamento Edite Xavier e é uma das dezenas de jovens educadores e educadoras que vão atuar em Alagoas na Brigada Nacional de Alfabetização que faz homenagem à Nise da Silveira.

Com 20 anos, Arleane comentou da importância de poder contribuir com a tarefa de diminuir o índice de analfabetismo no Sertão alagoano. “Essa é uma importante missão que assumimos com o conjunto da sociedade. Serei educadora na periferia de Delmiro Gouveia e da região que eu venho na Bahia, pude acompanhar a transformação da vida de muitas pessoas depois que aprenderam a ler e escrever, assegurando e acessando seus direitos e espero contribuir para ver essa transformação aqui em Alagoas”, destacou a militante, referindo-se a passagem da campanha “Sim, eu posso!” no Extremo Sul da Bahia.

Vindo do Sul do país, Raquel Venáncio, do assentamento Conquista da Esperança, no estado do Rio Grande do Sul, será educadora em uma comunidade rural e não esconde a expectativa com o início das aulas.

“Sai de tão longe para um local que não fazia ideia de como seria, de uma realidade que eu não tinha noção de como era, para contribuir com a alfabetização. Espero que os próximos meses sejam de muito aprendizado, de novas vivências e de conhecer a história de muitos sertanejos e sertanejas”, relatou Raquel.

Aos 23 anos, a jovem que terminou o curso de medicina veterinária na Universidade Federal de Pelotas, relata o primeiro contato com os educandos na comunidade: “fiquei surpresa com a recepção. Quando a gente chegou lá para conversar com as pessoas, fomos recebidos com um grande sorriso no rosto”.

Assim como Raquel e Arleane, outros jovens dos estados do Paraná, São Paulo, Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte e do Distrito Federal, somam-se aos demais educadores e educadoras de Alagoas na Brigada de Alfabetização Nise da Silveira, que já estão atuando nos diversos territórios dos três municípios do Alto Sertão.

Fotos: Regis Philippe

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No Sertão de Alagoas, MST lança campanha de alfabetização

Utilizando o método cubano de alfabetização “Sim, eu posso!” o MST inicia no Sertão de Alagoas uma campanha de alfabetização de jovens e adultos nas cidades de Delmiro Gouveia, Olho D’Água do Casado e Piranhas. O lançamento da campanha acontecerá na próxima segunda-feira (18), com ato político às 14h no auditório do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) – Campus Piranhas.

O ato de lançamento da campanha deve reunir autoridades públicas, parceiros e amigos do MST na região do Sertão alagoano, além de reunir os educadores e educadoras de todo o país que vão atuar nas dezenas de turmas nas periferias, comunidades, povoados e áreas da Reforma Agrária nos municípios.

No território das três cidades onde a campanha acontecerá, cerca de 14 mil pessoas são analfabetas. Somente na cidade de Delmiro Gouveia, estima-se que 29,2% da população do município não saiba ler e escrever, em Piranhas o índice de analfabetismo chega a 37% da população e Olho D ́Água do Casado, com a maior taxa de analfabetismo, tem 42,7% de analfabetos no município.

Cristina Vargas, do Setor de Educação do MST destaca a importância da tarefa que é lutar contra o analfabetismo. “A sociedade em que vivemos nos mostra todo o tempo que o analfabetismo é algo que não podemos mexer, mas que nós do MST, bebendo da fonte das lições cubanas, não abandonaremos essa questão que ainda é bastante presente na vida dos homens e mulheres em todo o Brasil”, comentou. 

Assumimos uma tarefa gigante, de adentrar nas periferias e povoados do Sertão de Alagoas e, a partir da solidariedade, formar turmas e ensinar a leitura e a escrita para sujeitos que por muito tempo tiveram o direito à educação negado”. 

A mobilização anterior ao início das aulas nos três municípios, formou cerca de 60 turmas nos bairros, assentamentos, acampamentos e povoados.

“Educadores e educadoras jovens, vindos de vários estados do país, demonstram nessa ação que solidariedade não é ajudar ou prestar favor, mas que solidariedade é consciência de classe”, ressaltou Vargas.

Ainda de acordo com a militante do Setor de Educação do MST, a brigada de alfabetização em Alagoas vem de um processo que já passou por outros estados do Nordeste do Brasil. “Após passar pelos estados do Ceará, Maranhão e pela Bahia, nossa jornada de alfabetização chega ao estado de Alagoas com o grande desafio de enfrentar os altos índices de analfabetismo presentes até os dias de hoje no estado e que, a partir do compromisso e responsabilidade do Movimento Sem Terra com o conjunto da sociedade, nos colocamos na disposição de ocupar a periferia do país ensinando o povo a ler, escrever e se libertar”.

Essa é uma iniciativa que também pretende trazer o debate do analfabetismo para o conjunto da sociedade. A partir da possibilidade de formar turmas com jovens e adultos nesses territórios, queremos também que o tema da educação seja abraçado como uma bandeira de luta e que possibilite o debate com os diversos sujeitos que estarão inseridos ao longo do processo”, disse.

José Neto, da Direção Estadual do MST em Alagoas, lembrou da simbologia do movimento realizar a campanha no Sertão alagoano. “Há exatos 30 anos ocupávamos em Alagoas a primeira terra com a bandeira do MST e essa ocupação aconteceu exatamente no Sertão. Passados os 30 anos de lutas e conquistas dos trabalhadores Sem Terra no estado, hoje voltamos ao Sertão de Alagoas com mais uma forma de ocupação, dessa vez a ocupação do latifúndio do saber”.

Esse será um grandioso desafio que já demonstra sua capacidade transformadora ao proporcionar a tantos homens e mulheres a possibilidade de ler e escrever, a partir de uma ação coletiva de solidariedade”, reforçou. 

Sim, eu posso!

O método de alfabetização “Sim, eu posso!” foi elaborado em Cuba, para contribuir na erradicação do analfabetismo em outros países, a partir da utilização de vídeo aulas e acompanhamento para a alfabetização inicial de jovens e adultos.

A partir da implementação do método, Venezuela e Bolívia também se transformaram em território livre do analfabetismo.

Fotos: Regis Philippe

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Marcelo Palmeira vistoria construção do Cmei Santa Maria

Nesta quinta-feira (14), o prefeito em exercício Marcelo Palmeira vistoriou as obras de construção do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) do Conjunto Santa Maria, no bairro Cidade Universitária. A estrutura da unidade segue o projeto arquitetônico padrão do Ministério da Educação. Os recursos são do Governo Federal, por meio do Programa Pró-Infância, com contrapartida da Prefeitura de Maceió.

“É mais uma unidade em construção na parte alta da cidade, um importante equipamento para suprir a carência da região e possibilitar que pais e mães possam trabalhar deixando seus filhos em um local onde as crianças sejam bem cuidadas”, pontuou o prefeito em exercício, acrescentando que a região tem sido contemplada com outras obras e ações, a exemplo da reforma da Escola Corinto Campelo e da requalificação da iluminação com recursos próprios da Prefeitura.

A titular da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Ana Dayse Dorea, destacou que a Prefeitura já tem outras 10 creches licitadas para construção na parte alta da cidade.  “São mais 10 e todas com contrapartida do Município. E essa aplicação dos recursos próprios representa o compromisso da gestão Rui Palmeira com a população e, sobretudo, com as crianças”, disse.

“A gestão Rui Palmeira praticamente construiu uma nova Rede Municipal de Ensino, com construção de 10 novas creches e a requalificação de 12 escolas, sendo 10 já reformadas e entregues. Nós também ampliamos em mais de cinco mil a quantidade de vagas disponibilizadas pela Semed, além dos constantes investimentos na formação de professores para melhorar a qualidade de ensino e aprendizado ofertados as nossas crianças”, acrescentou.

Elaine da Silva Santos é moradora do Conjunto Santa Maria e fez questão de acompanhar os gestores da Prefeitura durante a vistoria. “Essa creche é a realização de um sonho. Estamos assistindo aqui a concretização do desejo de muitas mães e pais, já é possível ver que a estrutura será muito boa, talvez uma das maiores de Maceió”, comemorou.

O vereador Chico Filho acompanhou Marcelo durante a vistoria.

Na oportunidade, o prefeito em exercício também visitou a Associação dos Moradores do Conjunto Santa Maria.

Secom Maceió

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Dia Mundial da Limpeza de Praias acontece no próximo sábado

Praia da Ponta Verde. Foto: Wesley Menegari

A conservação do meio ambiente é um dever de todos e justamente para lembrar a importância da limpeza das praias, neste sábado (16), acontece em Maceió a nona edição do Clean Up Day, o Dia Mundial da Limpeza de Praias. A concentração do evento, aberto para todo o público, acontece em frente ao Hotel Best Western Premier, na Pajuçara, a partir das 8h, e o trajeto segue até o Alagoinhas.

Luciana Sagi, secretária-adjunta de Turismo (Semtur) – uma das entidades apoiadoras do evento – destaca que a iniciativa é importante não apenas para conscientizar a população da cidade, mas também para o turista que frequenta as praias da capital alagoana.

“Sabemos que a questão dos resíduos sólidos envolve uma gama de ações para ser efetiva. O Dia Mundial de Limpeza de Praias vem a somar com demais iniciativas da Prefeitura. Um evento de proporções mundiais como esse tem o poder de chamar a atenção tanto dos moradores quanto dos turistas sobre a importância do descarte adequado do lixo. E, no ano Internacional do Turismo Sustentável, é de extrema importância sensibilizar os diversos atores envolvidos com a atividade – turistas, moradores, trabalhadores, empresários, gestores – sobre seu papel na garantia de vivenciar um destino de qualidade e que proporcione experiências gratificantes. Maceió não poderia deixar de fazer parte disso”, disse Luciana.

“É motivador ver a quantidade de parceiros do trade turístico que apoia este tipo de iniciativa e, durante a organização, que leva meses, todos os envolvidos trocam experiências, passam a conhecer mais a importância destas ações e aprimoram suas práticas sustentáveis individuais e coletivas. Muitas parcerias futuras saem desse processo, em prol de uma Maceió mais sustentável”, completou a secretária-adjunta.

Segundo o diretor-geral do Best Western Premier, Fábio Kazuo, este é um dia especial para a família, amigos, jovens e adultos para estarem mais perto da natureza e realizar algo em prol das gerações futuras. “Todos os anos trago minha filha para participar. Acho importante mostrar desde cedo a necessidade de cuidar do que é nosso. A ação não é apenas recolher o lixo das praias, é conscientizar a população, por isso os voluntários são instruídos a sensibilizar as pessoas que vêm aproveitar o sábado para fazer um alerta sobre o cuidado com o meio ambiente. Cada ano mais e mais pessoas participam”, afirmou.

Além da coleta do lixo, outras ações estão planejadas para o dia. “É um evento especial para sensibilização dos moradores, turistas e trabalhadores que atuam na orla, mas também teremos uma pequena exposição dos animais ajudados pelo Biota, uma exposição de um projeto da Ufal que fala sobre a importância das algas marinhas para o meio ambiente e um plantio da salsa-da-praia”, explicou Bruno Stefanis, do Instituto Biota.

Sobre o Clean Up Day

O Clean Up é uma iniciativa mundial realizada em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep) que ocorre desde 1993 e que mobiliza em torno de 35 milhões de voluntários em cerca de 130 países.

Em Maceió, o evento é uma iniciativa do Instituto Biota de Conservação e conta com o apoio da Prefeitura de Maceió, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis em Alagoas (ABIH-AL), da Secretaria do Estado do Meio Ambiente e Recursos hidricos de Alagoas (SEMARH) e dos Escoteiros de Alagoas.

Maria Gabriela Lyra/ Ascom Semtur

 

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