Casa da Mulher atende usuárias de Centro de Assistência Social no Benedito Bentes

Diversas mulheres que ouviam as explicações se manifestaram sobre situações que estavam vivendo

As cidadãs que estavam no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do conjunto Selma Bandeira, nesta quarta-feira (9), receberam orientações e atendimentos referentes a casos de violência doméstica. Uma equipe da Casa da Mulher, do Tribunal de Justiça de Alagoas, fez uma ação itinerante no local.

A coordenadora da Casa, Érika Lima, fez explanações sobre como identificar e denunciar a violência doméstica sofrida ou testemunhada. Diversas mulheres que ouviam as explicações se manifestaram sobre situações que estavam vivendo. Essas pessoas foram imediatamente direcionadas para atendimento pelas assistentes sociais da Casa da Mulher que estavam no local.

Érika afirma que a ação itinerante se faz necessária devido a dificuldade de fazer as informações sobre a Casa da Mulher chegarem até o público dos bairros periféricos, justamente o mais vulnerável a esse tipo de violência. Quando há conhecimento, há ainda a dificuldade financeira para simplesmente se deslocar até a Casa.

“A ideia é atender de imediato as mulheres que estejam precisando dessa ajuda. Então nós estamos aqui com toda a estrutura montada. O CRAS cedeu uma sala, um computador, tudo para que as mulheres sejam ouvidas da mesma forma que elas são lá na Casa da Mulher, e assim encontrarmos a melhor forma de ajudar”, disse Érika.

Ana Barreto, supervisora do Programa Primeira Infância Cidadã, do CRAS, frisou que as explanações foram úteis também para as agentes do Programa, que têm contato direto com a população ao visitar as residências.

“Foi uma fala esclarecedora e simples, acessível a qualquer cidadão leigo. A gente vai poder fazer a transmissão dessas informações de uma forma segura, e fomentar esse conhecimento sem pôr em risco essas mulheres”, disse Ana.

A vendedora ambulante Tereza Cristina é uma das pessoas presentes que não sabiam ainda da existência da Casa da Mulher. “É muito importante aprender a se defender e não ter medo de denunciar. Tanto faz ser de marido, de filho, ou de um vizinho, como foi relatado aqui. Qualquer tipo violência, temos que denunciar, não podemos ficar caladas e deixar as coisas chegarem ao extremo”, comentou Tereza.

A Casa da Mulher planeja realizar a mesma ação em outros bairros.

Dicom TJAL