Coordenador da Defesa Civil é escolhido para liderar comitê técnico do afundamento dos bairros

Primeira reunião definiu a criação de dois grupos de trabalhos para intensificar o monitoramento dos dados dos bairros afetados

A primeira reunião do comitê técnico de acompanhamento do afundamento dos bairros de Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol, causado pela mineração de sal-gema, terminou com a criação de dois grupos de trabalho, a escolha de um coordenador e com a decisão de manter, pelo menos por enquanto, a atual rede de monitoramento do fenômeno. A reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira (10) no auditório do Ifal campus Maceió, no Centro.

O coordenador da Defesa Civil Municipal, Abelardo Nobre, foi escolhido como coordenador do comitê técnico. O grupo conta ainda com representantes da Defesa Civil Nacional e da Mineradora Braskem, apontada pelo Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) como causadora dos danos que fizeram com que o solo nos bairros cedesse

De acordo com Nobre, o grupo agora irá intensificar os estudos na área afetada para trazer mais segurança ao município. “Foram criados dois grupos de trabalho. Um deles terá como objetivo o monitoramento da área atingida e de áreas circunvizinha, e o outro que vai trabalhar nas manifestações geológicas”, explicou.

Ele esclareceu que esses grupos irão intensificar a coleta de dados que servirão como base para a tomada de decisões futuras. “Já na próxima semana os grupos de trabalho farão suas primeiras reuniões”, antecipou.

Abelardo esclareceu ainda que, até este momento, não foi definido nada sobre a ampliação da rede de monitoramento atual. “De repente nas próximas reuniões esses grupo definam que há necessidade de uma ampliação dessa rede e eles vão fazer um relatório para me apresentar essa demanda e se aprovado nós vamos providenciar a instalação desses aparelhos”, pontuou.

Para o diretor do Departamento de Obras de Proteção da Defesa Civil Nacional, Paulo Falcão, o órgão do Governo Federal vai contribuir com as ações e auxiliar nas decisões sobre a ampliação da rede de monitoramento. Ele reforçou que o afundamento do solo dos bairros de Maceió é o maior desastre geológico em andamento no Brasil.

“Esse desastre de grande magnitude, de grande impacto social e econômico, é bastante grave. Nós temos total dimensão da magnitude deste problema, que é o maior desastre em andamento no Brasil. Então nós nos propusermos a ajudar o município a dar um retorno a sociedade”, definiu.

Cortesia

Mais cedo, os engenheiros Paulo Falcão e Charles Aguiar, e o geólogo Alhan Santos, da Defesa Civil Nacional, fizeram uma visita de cortesia ao Gabinete de Gestão Integrada para a Adoção de Medidas de Enfrentamento aos Impactos do Afundamento dos Bairros (GGI dos Bairros) da Prefeitura de Maceió, onde conversaram sobre a situação dos bairros.

Para o coordenador do GGI dos Bairros, Ronnie Mota, a visita dos técnicos demonstra a boa fé do Governo Federal em relação ao problema. “Nós temos esse amparo da equipe do Governo Federal e estamos avaliando como ampliar essa parceria para reparar os danos que foram causado a população de Maceió e ao patrimônio público”, concluiu.

Secom Maceió