Farmacêuticas pedem apoio de colegas na campanha Sinal Vermelho

Desde junho, vítimas de violência doméstica podem procurar farmácias em todo o país e denunciar as agressões sofridas

A farmacêutica Letícia Ravelly está empenhada na campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica, lançada em junho deste ano. Para ela, é importante haver a adesão de mais profissionais da área.

“Esse é um problema social antigo e a gente precisa falar abertamente sobre o assunto. Ver as farmácias e as mulheres farmacêuticas abraçando essa campanha mostra que estamos unidas para dar apoio a essas mulheres”, comentou.

A também farmacêutica Cármem Arroxelas destacou a necessidade de engajamento para ajudar as vítimas de violência doméstica. “O nosso papel é muito importante. Precisamos denunciar esse tipo de violência, comunicar o fato ao órgão policial e ajudar a mulher a se libertar das agressões”.

A campanha Sinal Vermelho foi lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB). A iniciativa tem apoio do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) e do Conselho Regional de Farmácia (CRF/AL).

Em Alagoas, mais de 100 estabelecimentos já servem de local para as mulheres denunciarem as agressões sofridas. Na avaliação do presidente do CRF/AL, Robert Nicácio, o número de farmácias participantes é expressivo. “O grande desafio é contar também com a adesão dos farmacêuticos e profissionais que trabalham nas farmácias”, disse.

Como proceder

Mulheres que sofrem violência doméstica podem procurar redes de farmácia de todo o país e comunicar o caso a farmacêuticos e atendentes, que auxiliarão no contato com a Polícia Militar. Elas podem se apresentar com um “X” escrito de batom ou outro material na palma da mão. O farmacêutico ou atendente as conduzirá a uma sala reservada, discará 190 e chamará a Polícia Militar.

Dicom TJAL