SAÚDE BUCAL: Câncer de boca é um dos tumores mais comuns no Brasil, diz dentista do HGE

Especialista evidencia que doença atinge, principalmente, homens acima de 45 anos

Uma ferida na boca, com bordas elevadas, coloração esbranquiçada ou avermelhada, sem dor e de difícil cicatrização pode ser câncer de boca. O autoexame é fundamental no diagnóstico precoce, assegurou a cirurgiã dentista Edileuza de Lima, durante palestra proferida na IX Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com a especialista, a doença atinge principalmente homens, acima de 45 anos. No entanto, a incidência em mulheres que possuem hábitos considerados de risco está aumentando. A estimativa de novos casos de câncer de boca para 2018, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), é de 14,7 mil, sendo 11,2 mil homens e 3,5 mil mulheres.

“Atitudes simples como uma dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as chances de desenvolver os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil”, recomendou Edileuza de Lima.

Também, segundo a cirurgiã dentista do HGE, é importante abster-se de fumo e bebidas alcoólicas, usar proteção solar, executar o autoexame mensalmente e procurar um dentista regularmente. Ao realizar o autoexame, deve-se observar gengivas, bochechas, céu da boca e língua, principalmente as bordas, além da região embaixo da língua. A doença afeta os lábios e o interior da cavidade oral.

“Ao se observar uma lesão que não cicatrize em um prazo máximo de 15 dias, nódulos no pescoço, rouquidão persistente, a orientação é procurar um profissional de saúde, médico ou dentista, para a realização do exame completo da boca. A visita periódica ao um especialista favorece o diagnóstico precoce do câncer de boca, já que permite identificar lesões suspeitas”.

Tratamento

Segundo Edileuza de Lima, 80% dos casos desse tipo de câncer tem cura se diagnosticados no início e tratados da maneira adequada. “Geralmente, o tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. A avaliação médica vai decidir qual melhor forma de tratamento”, explicou a cirurgiã.

Ascom Sesau