TJAL lança Justiça Restaurativa nas Escolas

Intervenção com a técnica pode evitar que pequenos conflitos ganhem dimensão mais grave, afirma desembargador Tutmés Airan

O Judiciário de Alagoas lançou o projeto Justiça Restaurativa nas Escolas, nesta sexta-feira (17), em parceria com a universidade Unit. A Escola Estadual Professor Mário Broad, na Jatiúca, será a primeira a receber as práticas restaurativas, visando solucionar conflitos entre estudantes, ou mesmo situações vividas no lar pelos alunos que afetem a vida escolar.

A intervenção da escola no sentido no sentido restaurar vínculos pode evitar que pequenos conflitos ganhem uma dimensão muito mais preocupante, como afirma o desembargador Tutmés Airan, coordenador-geral do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec) do Tribunal de Justiça.

“A gente sempre ouve falar de episódios de extrema violência, de um aluno de algum modo maltratado, com problemas mal resolvidos. Então há um fluxo dentro da escola, de conflitos que precisam ser enfrentados e resolvidos, exatamente para que ele não se transforme num grande problema”, explicou Tutmés.

A coordenadora de Direito da Unit, Marisângela Melo, salientou que a instituição busca cumprir sua função social, para além do ensino acadêmico. “Nada mais apropriado do que a escola, que é o berço da comunidade, para que esse novo olhar, para as questões tanto jurídicas quanto sociais, seja adotado”, comentou.

O juiz José Miranda Santos Júnior, coordenador da Justiça Restaurativa no Tribunal, falou sobre os diferenciais do método. “É uma forma de solução de conflitos, mas não é uma conciliação. A gente quer fazer as pessoas felizes, que restaurem relações e sigam o seu caminho”, disse Miranda.

“Nossa comunidade escolar precisa disso”, ressalta o diretor adjunto da Escola Mário Broad, Nilton Ricardo. “O trabalho conjunto das instituições vem para somar, e fazer com que realmente possamos suavizar, pelo menos, determinadas situações”, avaliou. 

Diretoria de Comunicação – Dicom TJAL –